SBK: A crise da Honda
Quando se fala em marcas de sucesso no motociclismo tem de falar-se invariavelmente da Honda, marca que tem obtido grande sucesso nas mais diversas disciplinas.
Contudo atualmente existe um campeonato onde a insígnia da asa dourada já conheceu melhores dias. Estamos a falar invariavelmente do Mundial de Superbikes. Para a nova temporada eram muitas as expectativas em torno daquilo que poderia fazer a marca nipónica que desde 2000 apenas conquistou três títulos mundiais de pilotos, o últimos dos quais em 2007 por intermédio do britânico James Toseland, e em praticamente dois anos e meio só venceu uma corrida.
Desde logo o facto de apresentar no papel uma das duplas de pilotos com mais cartaz. Nicky Hayden, que está pelo segundo ano no Mundial, e o estreante Stefan Bradl, piloto que nos últimos anos competiu em MotoGP. A isto juntou-se a chegada da nova CBR 1000RR Fireblade e da entrada da Red Bull como patrocinador oficial da equipa.
As condições para um ano de desafio ao domínio da Kawasaki pareciam estar minimamente reunidas, mas tudo começou mal com a tardia chegada da nova Fireblade, o que atrasou invariavelmente o desenvolvimento da moto e consequente preparação da nova época. Com as duas primeiras jornadas da temporada fora da Europa esperava-se que seria com a chegada ao ‘Velho Continente’ melhores dias chegariam com o desenvolvimento da nova Fireblade a dar grandes passos. Puro engano, volvidas três rondas na Europa Nicky Hayden e Stefan Bradl continuam a rodar longe dos primeiros lugares e com sérias dificuldades em obter o apuramento directo para Super Pole 2, a fase decisiva da qualificação.
Até ao momento, disputadas que estão 10 corridas o melhor resultado é o sexto lugar de Stefan Bradl na primeira corrida de Assen. Os pilotos parecem começar a perder a paciência, pois cada vez parece mais claro que terão pela frente um ano penoso. Muitas questões podem ser levantadas para além do atraso de desenvolvimento da moto desde a inexperiência de Stefan Bradl nesta categoria, a maior desmotivação de Nicky Hayden (algo natural nesta sua fase da carreira) ou até a menor importância que a Honda está dar este programa em comparação por exemplo com a sua atividade em MotoGP, MXGP ou nos rali raids.
No entanto o que parece certo é que o atual estado das coisas para além de prejudicar e muito a imagem da marca nipónica ainda para mais numa competição numa competição onde também estão presentes as eternas rivais Kawasaki, Ducati, Yamaha, Aprilia e porque não BMW e MV Agusta.