SBK: A queda de Sykes em Donington

Por a 9 Julho 2019 15:30

Os rivais de Tom Sykes expressaram simpatia após a sua controversa eliminação dos resultados da corrida Superpole, quando ele caiu depois da corrida ser declarada como terminada devido a uma bandeira vermelha.

O piloto da BMW Motorrad estava em segundo atrás de Jonathan Rea, quando a bandeira vermelha saiu à 7ª volta, devido a óleo entornado na zona de travagem do gancho de Melbourne ter derrubado quatro motos.

Na volta seguinte, Sykes pisou o óleo e caiu, sendo incapaz de voltar ao parc fermé com a BMW S1000RR, pelo que os organizadores o declararam como uma desistência.

O próprio Sykes teve uma resposta furiosa, até porque ele diz que os comissários estavam na pista com veículos que ele poderia ter atingido mas a decisão teve a simpatia de Leon Haslam, Jonathan Rea e Alex Lowes, mesmo sendo regulamentar: “Todos passaram no óleo, alguns salvaram-se, alguns caíram”, disse Haslam. “É o que as regras dizem.”

“Não importa se não havia bandeiras, se não se leva a moto de volta, não se fica nos resultados! Alguém podia vir a correr e roubar a moto..” – acrescentou em tom de brincadeira. “É lamentável, o Tom mereceu o segundo lugar, fez uma corrida excelente, mas as regras são essas.”

“Havia bandeiras [vermelhas] por todo o lado e pilotos no chão, então obviamente havia um problema, nós simplesmente não sabíamos o que era. Mas a bandeira vermelha já estava fora a 75% da volta, e nós não estávamos a puxar. É uma lomba, não é culpa de ninguém. É uma destas coisas que acontecem!

Rea, que quase foi apanhado e teve de usar um pé para estabilizar a moto quando derrapou durante a travagem, disse que pôs a questão à Direção de Prova:

“É o que é, regras são regras”, acrescentou. “Eu sinto-me mal pelo Tom porque ele teve uma corrida incrível e depois da bandeira vermelha, cair em óleo … Eu tenho que reconhecer que não vi bandeiras de óleo até ao marcador de travagem à entrada da curva. Na chicane, não vi nenhuma”.

“Eu falei com a organização porque foi uma surpresa ao chegar àquela parte da pista, do meu ponto de vista eu tive muita sorte de não cair, tive que dar um golpe com o pé para ficar em pé. Tom estava entre um lado e o outro, havia tanto óleo, tive sorte.”

Lowes também tomou o partido de Sykes no assunto, dizendo que “bom senso” para afastar os pilotos de onde o derramamento ocorreu teria sido suficiente.

“Eu entendo agora, depois da equipa me explicar. Eu não entendi na altura, porque ele não caiu na corrida ao vivo, então e se moto ficar sem combustível e não a levarmos de volta?”

“O Tom fez uma ótima corrida. Não vou dizer nada de negativo sobre os comissários porque eu realmente aprecio o trabalho duro e apoio deles para que possamos correr, mas não houve orientação suficiente, não se podia ver o óleo”.

“Nós poderíamos ter tido alguém a dirigir-nos para dentro, porque o Tom estava a ir devagar, mas ainda caiu e o Jonathan quase caiu. Um pouco de bom senso não teria sido mau”.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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