SBK, 2021: Recordações de Chili
Com 17 vitórias e muitas rivalidades e lutas de última volta, Chili tem muito a contar sobre as suas memórias nas SBK
Agora a viver com a doença de Parkinson, Frankie foi tão aberto e humorístico como sempre, reacendendo memórias de uma era mágica nas SBK.
Começando pela sua melhor corrida, que foi difícil definir:
“Tenho boas memórias de muitas corridas! Ganhei em Monza, Brands Hatch, Donington Park e Assen, sempre lutando contra alguém diferente. Foram todas corridas muito, muito grandes. Em 2000, ganhei em Monza pela última vez; Na Corrida 1 o Colin Edwards começou a corrida com uma grande vantagem, mas eu fechei. A duas voltas do fim, olhou para trás e pensou: “Como podes estar aqui?”, mas eu ganhei e ele ficou muito zangado!”
“Borrifei-o com champanhe, e ele partiu a garrafa dele e ficou zangado com isso também, que foi um momento muito engraçado para mim! Na Corrida 2, a meio da última volta à saída do Lesmo 2, cometi um erro, e sai por fora. Apesar de ficar em segundo, a ovação foi tal que ainda cheguei ao pitlane sem roupa, só de roupa interior e o protetor traseiro! Para mim, esse foi um grande momento com os fãs!”
O vencedor 17 vezes comentou também a sua rivalidade com Fogarty: “A minha rivalidade com o Carl Fogarty ficou ao rubro. Ele não era muito técnico na moto, mas podia ser rápido a qualquer momento.”
Recordando outra memória, Chili disse:
“Em 1998, estávamos ambos sob pressão porque a Ducati tinha duas equipas de fábrica e em 1999, só ia haver uma. Cometi um erro na última volta da Corrida 2 em Assen e cai na chicane; Perdi a corrida e o campeonato. Sentei-me com o Carl em 1999 e recuperámos o respeito um pelo outro, mas as pessoas ainda pensam que não somos amigos. Gozámos com essa situação e quando fomos convidados em Inglaterra para jantar juntos, as pessoas deram-nos luvas de boxe como piada!”
Alguns dos maiores sucessos de Frankie vieram justamente no Reino Unido; Com duas vitórias em Brands Hatch e uma única vitória em Donington Park, Chili foi e continua a ser imensamente popular no Reino Unido.
“Adorei correr em Inglaterra ao longo da minha carreira, foi uma segunda casa para mim”, disse. “Muitos fãs vinham apoiar-me e lá, encontrei um lugar que me deu a razão de amar as corridas. Precisava do calor dos adeptos, a paixão que têm pelo desporto é incrível!”
Todas as coisas boas têm de acabar e Chili desistiu de correr em 2006:
“No último ano da minha carreira, fiquei muito chateado e desapontado, porque quebrei o pélvis e não podia ser tão rápido como antes, porque tinha muitas dores. Não conseguia vestir o fato ou tirá-lo sozinho, a minha mulher tinah de ajudar. Na pista, nas chicanes, era muito lento e não estava interessado em continuar assim, não aos 42 anos. Ainda tenho sonhos que tenho de me preparar para um fim de semana de corrida, mas felizmente, são apenas sonhos!”
Sobre as atuais estrelas das SBK, apesar de assistir de longe nas últimas temporadas, Chili mantém-se em contacto com o que está a acontecer, dizendo:
“Lentamente, estou a começar a desfrutar da Superbike outra vez! Vejo agora que alguns pilotos italianos estão a sair-se bem, especialmente o Michael Ruben Rinaldi. Conheço-o do CIV em Moto3, e está na hora dele dar o último passo e ganhar mais corridas. Ele pode sentir muita pressão na equipa de fábrica e vai precisar da boa sensação com a equipa, vamos ver.”
“Jonathan Rea é inacreditável. Mostrou a todos, há dois anos, contra o Bautista, que ainda pode voltar. Fez o trabalho dentro e fora da pista e ganhou o título. Nunca vi na minha carreira algo assim. Para mim, só o Jonny pode vencer-se a si próprio. Scott Redding também tem uma mentalidade forte e muita velocidade, mas se eu apostasse, iria pelo Jonny!”