SBK: Que nos reserva Laguna Seca?
Depois de um Donington Park cheio de ação, o Campeonato Mundial de Superbike 2019 segue em grande ritmo para os EUA: Laguna Seca, um dos circuitos mais curtos do calendário, mas igualmente técnico, perto de Monterey, na Califórnia, verá os pilotos tentarem levar o ritmo para as férias de verão. Se uma coisa é previsível sobre as SBK em rondas recentes, é que é completamente imprevisível.
Depois de ter conseguido o seu primeiro “hat-trick” de 2019, Jonathan Rea (Kawasaki Racing Team) anulou um défice de 61 pontos para alcançar uma vantagem de 24 pontos.
O registro de Rea em Laguna Seca não é impressionante, mas está longe de ser mau, já que venceu três das últimas quatro Corridas, apesar de ter sido rudemente recebido nos EUA em 2018 com a sua primeira desistência do ano.
Com uma temporada de altos e baixos, nada está garantido nos EUA. No entanto, Rea vai tentar mostrar ao estreante Álvaro Bautista (Ducati) o caminho e se o seu companheiro de equipa, Leon Haslam, puder ajudá-lo, então melhor ainda.
O próprio Haslam tem um histórico estável em Laguna Seca, com inúmeros dez primeiros, mas não um único pódio. Será que Haslam e Rea causam problemas à Ducati em Monterey?
É um novo desafio para Bautista, uma nova perspectiva. Ele já não é o caçado, agora é ele o caçador. Bautista não pode perder mais pontos para Rea antes da temporada chegar a circuitos como Portimão, Magny-Cours ou San Juan Villicum.
O espanhol de 34 anos tem uma experiência relativa aqui dos seus dias de MotoGP, com um quarto lugar e menos de um décimo de segundo de um pódio em 2013, sendo o seu destaque.
Indo para a nona ronda do campeonato, é um lembrete oportuno de que as distâncias vencedoras não contam para mais pontos, mas a consistência sim.
A consistência é realmente fundamental em 2019 e um piloto que, contra todas as expectativas, chegou ao top 10 em Donington Park foi Michael van der Mark (Yamaha Pata).
O terceiro lugar no campeonato pode não estar longe do seu companheiro de equipa Alex Lowes, mas os EUA é uma pista onde nunca esteve fora do top 10, com o seu melhor resultado para a Yamaha no ano passado na Corrida 2. A Yamaha não vence no famoso recinto Californiano desde 2000 com Noriyuki Haga.
De resto, os britânicos têm um hábito de ganhar nos EUA, basta perguntar a Tom Sykes. Depois de dar à BMW a sua segunda pole em Donington Park, ele espera poder remontar o pódio por uma terceira vez consecutiva e, se possível, conquistar a 4ª vitória nos EUA – a última foi na Corrida 2, em 2016. A BMW como fabricante tem dois pódios nos Estados Unidos, ambos em 2013 com Davies e Melandri – algo que Tom Sykes fará questão de mudar.
Mas há um enigma sobre Toprak Razgatlioglu (Kawasaki Puccetti) que está em forma, com cinco pódios das últimas quatro rondas – incluindo o seu primeiro pódio duplo em Donington Park. Mas quem sabe o que Toprak pode fazer em Laguna Seca depois de ter sofrido um enorme acidente lá em 2018, forçando-o a abandonar a Corrida 2.
Uma estrela que certamente vai precisar de um resultado é Chaz Davies (Ducati), já que ele pareceu desvanecer desde os pódios de Imola.
Dificuldades em Donington Park e Misano e azar em Jerez significa que o galês – três vezes vencedor em Laguna Seca, incluindo um duplo em 2015 – deve estabilizar a maré o mais rapidamente possível.
Michael Ruben Rinaldi (Ducati Barni) será um estreante no circuito, enquanto o veterano de 36 anos Ryuichi Kiyonari (Honda Moriwaki Althea) também se aventura em Monterey pela primeira vez. O compatriota da Honda, Alessandro Delbianco (Honda Althea Mie), é outro piloto que quer causar uma boa primeira impressão no circuito americano, enquanto o Campeão de SSP, Sandro Cortese (Yamaha GRT) também vai rodar em Laguna Seca pela primeira vez.
A ação começa com os treinos livres na Sexta.
No Sábado, a FP3 arranca às 17:00, com Tissot Superpole às 19:00 e a Corrida 1 às 22:00. No domingo, a ação da Corrida começa com a Tissot Superpole às 19:00 e a segunda Corrida pelas 22:00!