Honda CBR1000RR SP2 preparação para o World Superbike Championship

Por a 10 Agosto 2018 18:14

Fomos conhecer  um pouco mais de perto a Honda CBR1000RR SP2 do Campeonato Mundial SBK e as diferenças  em relação à Fireblade de série.

O Campeonato Mundial SBK é caracterizado por ser um campeonato com motos derivadas das motos de série. Ou seja, o conceito é o de podermos assistir a uma competição mundial com motos que podemos ver e conduzir normalmente no nosso dia a dia. O que é uma meia verdade, já que as motos que vemos na grelha de partida do Mundial SBK são superbikes que têm “algumas” diferenças com as que encontramos nos concessionários das várias marcas. No entanto é verdade que sua base é a mesma e é algo em que os organizadores têm vindo a estabelecer limitações para que os custos possam ser contidos.

Neste caso, veremos um pequeno vídeo de como é a preparação da Fireblade da equipe oficial da Honda, que é baseada na Honda CBR1000RR SP2, a versão mais preparada do lendário modelo.

A Honda CBR1000RR SP2 já é uma boa máquina de circuito, mas os engenheiros da HRC precisam modificá-la para torná-la mais competitiva no WorldSBK. Para isso, o diretor de Operações, Chris Pike, e o líder de Desenvolvimento de Chassis, Dino Acocella, explicam algumas peculiaridades da CBR, o seu desenvolvimento para as corridas e os ajustes que podem fazer para os pilotos Leon Camier e Jake Gagne.

Entre tudo o que é referido no vídeo, é surpreendente saber que conseguem aumentar  a sua potência dos 189 cv do modelo SP2 a 13.000 rpm para os mais de 220 cv  às 14.300 rpm na versão de competição. O motor é basicamente o mesmo, mas o que é muito diferente e onde o regulamento dá alguma liberdade para ser trabalhado é a cabeça do cilindro.

Por sua vez, o cárter e a cambota são obrigatoriamente mantidos, mas a caixa de velocidades e a embraiagem podem ser alteradas. Depois disso, a entrega de potência pode ser gerida de forma a tornar a moto mais agressiva, e aqui é que o trabalho com a Akrapovic se torna mais relevante no sentido de assegurar que a curva de potência seja o mais linear e progressiva possível.

Feitas as alterações no motor, a CBR1000RR necessita de adaptar alguns elementos do chassi. O chassi de origem pode ser modificado ligeiramente, tornando-o mais leve e mais rígido com inserções de fibra de carbono. Um braço oscilante mais robusto também é usado. Ao remover os elementos mais desnecessários, usando materiais mais adequados e reprojetando muitos dos seus componentes, a HRC consegue reduzir drasticamente o peso da SP2, diminuindo de 195 para 168 kg.

 

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Pedro Rocha
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