Um português a vencer o Dakar: será desta?
É o eterno sonho de um povo apaixonado pelo Dakar: ver um português ganhar a maior prova de TT do planeta. É na competição das motos que reside a grande esperança nacional, sobretudo agora que Marc Coma e Cyril Despres já enveredaram por outros caminhos nas suas vidas desportivas.
A julgar pelo passado recente, Paulo Gonçalves é o português com maiores hipóteses de lutar pela vitória no Dakar, sobretudo porque o piloto de Esposende deu à Honda o título mundial de 2014 e o 2º lugar no Dakar de 2015. A marca japonesa ainda tem de provar que consegue bater a experiente e todo-poderosa KTM, que continua a ter uma máquina temível mas que surge este ano sem um verdadeiro ‘ponta de lança’ após o abandono de Coma.
Só que mesmo que a Honda tenha uma moto ganhadora, Paulo Gonçalves sabe que terá forte concorrência interna. O ‘culpado’? Joan Barreda Bort, um piloto ultra-rápido e que já parece ter aprendido todos os truques e técnicas da navegação, tendo liderado a última edição até à fatídica etapa no Salar de Uyuni. Barreda Bort é apontado como o grande favorito até por Paulo Gonçalves, mas se o português navegar pelo menos tão bem quanto o catalão, poderá depois apostar na consistência para bater o seu amigo e companheiro de equipa, ao mesmo tempo que tenta superar os jovens pilotos da KTM.
Hélder Rodrigues motivado
Hélder Rodrigues também parece ter recuperado a motivação no regresso à Yamaha, desta feita com um estatuto e responsabilidade acrescidos, tendo liderado – como ele tanto gosta – todo o desenvolvimento da nova moto da marca japonesa (através da Yamaha Europe). O piloto de Almargem do Bispo ganhou duas etapas em 2015 e é de uma regularidade notável, já que em nove participações terminou seis vezes no top 5. Será que conseguirá voltar ao nível de 2011 e 2012?
Também Ruben Faria parte com expectativas de lutar pelos primeiros lugares, numa fase da sua carreira em que já não tem de trabalhar para qualquer piloto mas onde também já conta com 41 anos de idade e algumas lesões complicadas no currículo (uma delas, no pulso, obrigará a nova intervenção cirúrgica após o Dakar). O piloto algarvio insiste que a passagem para a Husqvarna é uma oportunidade e não uma despromoção, mantendo uma moto de topo – basicamente uma KTM com outra decoração – e tentando provar que (ainda) possui rapidez suficiente para dar nas vistas. Mas… conseguirá Ruben Faria navegar como os melhores?
É nestes três portugueses que reside a esperança de uma vitória lusa no Dakar. Pelo menos a curto prazo, já que Mário Patrão não tem ainda meios nem experiência para fazer nos rally raids aquilo que fez nos campeonatos nacionais de Enduro e TT. Pedro Bianchi Prata também pretende sobretudo chegar a Rosário no dia 16 e tentar bater o seu melhor resultado no Dakar: o 29º lugar. De qualquer forma, Portugal está de olhos postos nas duas rodas.
Foto: Facebook Paulo Gonçalves – MCH Photo
Um português ganhar no Dakar parece uma possibilidade real, mas nunca acontecerá! Falta-nos a consistência psicológica, para que as cabeças não falhem nos momentos de pressão! e depois falta-nos também sempre uma outra coisa fundamental – SORTE.
Mas de facto o Ruben já passou o prazo dele, e as lesões impedem-no de estar em forma.
O Paulo Gonçalves, em principio não chega para o Barreda e o Helder não é rápido…
Gostava de ter que engolir estas palavras…