Baja Portalegre: Buhler Vence e Maio é campeão
A edição de 2018 da Baja Portalegre 500 ficou marcada pelo triunfo de Sebastian Buhler, que pela primeira vez inscreveu o seu nome na prova, e pelo título nacional absoluto conquistado por António Maio. Os dois pilotos deram muitas razões para a Yamaha festejar pois ambos correm com motos da marca japonesa.
Sebastian Buhler voltou a Portalegre depois do acidente que sofreu no ano anterior, e que implicou uma longa recuperação, com uma forte vontade de terminar e, acima de tudo, colocar o seu nome na elite dos vencedores da mítica prova organizada pelo ACP Motorsport. Motivado pelo vitória alcançada na ronda do campeonato nacional que precedeu a clássica alentejana, Buhler andou sempre entre os mais rápidos. Depois de secundar Luís Oliveira, que foi o mais rápido no prólogo, voltou a fazê-lo no segundo setor seletivo. Contudo, entre a noite do primeiro dia e a manhã do segundo, o piloto da WR450F ascendeu ao primeiro posto, fruto de um rol de penalizações atribuídas pelo colégio. Buhler esteve numa dimensão diferente da concorrência e completou os mais de 400 quilómetros com uma vantagem próxima dos 13 minutos, face ao segundo classificado, Bruno Santos (KTM). Martim Ventura fechou o pódio, a quase um quarto de hora de diferença do vencedor.
No final, Buhler fez um balanço positivo deste feito alcançado. “Correu bem, sem problemas. O piso estava muito escorregadio e depois seco. A moto esteve impecável e eu senti-me bem”, afirmou.
Luis Oliveira que parecia decidido a dar tudo, como se viu no Prólogo e no 1º sector selectivo de 6ª feira, viu-se penalizado pela organização em 6 minutos, o que resultou num atraso de 3,30 m para Buhler hoje no arranque da SS3. Aliás foram vários os pilotos da frente que foram penalizados, entre os quais Buhler e Maio com 2 minutos. hoje em CP1, Luis Oliveira estava em 2º lugar distanciado dos mesmos 3.30m para Buhler, mas deverá ter sido forçado a abandonar.
Nos lugares seguintes surgem Bruno Santos (2º), Martim Ventura (3º), António Maio (4º) Daniel Jordão (5º) e Mario Patrão (6º)
Nas contas do título, as atenções recaíam sobre António Maio e Mário Patrão. O primeiro fechou-as já a seu favor. Ao contrário de outros anos, partiu para a corrida a pensar no campeonato e não no possível triunfo, que seria o sétimo na carreira. Completou a distância na quarta posição e, como Mário Patrão não foi além do sexto posto, renovou o título de campeão nacional absoluto.
Apesar do objectivo alcançado, Maio não teve uma prova fácil. “No início, fui no pó dos pilotos da frente. Depois da segunda assistência, caí. Acho que não parti nada, mas não sei. A moto ficou tocada mas consegui continuar. Vencer o campeonato em Portalegre é onde sabe melhor. É uma prova exigente, onde estão os nossos amigos, com bastante visibilidade. O objetivo aqui era mesmo a luta pelo título”, assumiu.
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