Sébastien Le Grelle, o último belga em MotoGP

Por a 21 Setembro 2017 15:59

Uma das notícias do dia no mundo desportivo das duas rodas é a contratação de Xavier Siméon por parte da Avintia Racing para 2018, facto que faz regressar um piloto belga à classe rainha após uma longa travessia do deserto.

Quando falamos de motociclismo na Bélgica vem à memória os nomes de Didier de Radiguès e Stéphane Mertens, este último belga apesar de ter nascido em Paris. O primeiro esteve na década de 80 e início da década de 90 no Mundial de MotoGP, tendo passado pela categoria de 500cc. No seu currículo conta com quatro vitórias em Grandes Prémios, entre eles o da Bélgica, triunfos que ocorreram nas categorias de 250cc e 350cc.

Já Mertens também passou sem sucesso pelo Mundial, mas notabilizou-se mais no Mundial de Superbikes, venceu 11 provas, e sobretudo na resistência onde sagrou-se mesmo campeão do mundo e conquistou o mítico Bol d’Or e as 24 Horas de Le Mans, sempre ao lado de Alex Vieira. Hoje em dia e com 58 anos, Stéphane Mertens continua ligado à resistência, pois é habitualmente repórter de boxe nas transmissões do Eurosport do Mundial de Resistência.

Contudo o último piloto belga a passar pela classe rainha foi Sébastien Le Grelle, nome que para muitos não deverá dizer nada. Estávamos no ano de 2000 quando Le Grelle esteve presente em 10 Grandes Prémios, dos quais em dois não se qualificou para a corrida. Sébastien representou as cores da Tecmas Honda Elf, onde ocupou o lugar de Sébastien Gimbert, nome que é hoje um dos mais reputados nas corridas de resistência.

Nas oito corridas em que esteve presente, Sébastien Le Grelle pontuou somente em duas provas, tendo como melhor resultado um 11º lugar no Grande Prémio da Catalunha. Estávamos a 11 de junho de 2000. Com um desempenho modesto, Le Grelle, cedeu nas últimas duas rondas da época o seu lugar ao japonês Tekkyu Katoh. Terminada esta experiência, este belga hoje com 43 anos continuou a correr, tendo conquistado alguns títulos nacionais na velocidade. Atualmente está ainda em competição, pois participa aos comandos de uma BMW S1000 RR no International Road Race Championship, campeonato no qual foi campeão em 2015 e que decorre pela Europa em pistas citadinas.

Cabe agora a Xavier Siméon, que chega ao MotoGP sobretudo devido ao dinheiro que traz consigo do que devido aos seus desempenhos, honrar o passado de Didier de Radiguès e Stéphane Martens e fazer esquecer o erro de casting que foi Sébastien Le Grelle.

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