Romain Febvre, o herói gaulês do motocross

Dizem que o ano de estreia numa categoria é um ano de adaptação. Não para Romain Febvre! O francês de apenas 23 anos foi campeão da categoria MXGP no Mundial de Motocross 2015 e mostrou que uma dose de ousadia e cabeça no lugar podem fazer a diferença. Nascido em Epinal, em França, Febvre iniciou-se no motocross ainda em criança, mas devido a várias lesões na adolescência decidiu mudar do motocross para o Super Moto. Só em 2010, com 18 anos, resolveu que era a hora certa de voltar à sua verdadeira paixão, o MX. Participou então do campeonato francês de motocross em 2010 e 2011, terminando em 7º e 2º lugares, respectivamente. Ainda em 2011, o piloto participou do campeonato europeu na EMX 250, no qual conquistou seu primeiro título da carreira.

Em 2012, entrou na categoria MX2 no Mundial de Motocross. No seu ano de estreia entre os profissionais, terminou em 13º na classificação geral do campeonato. Um 5º lugar foi o melhor resultado que alcançou, no GP da Europa, em Faenza, Itália.

Em 2013 alcançou o pódio, mas também uma lesão. Ainda na MX2, o francês partiu a perna no início da temporada e voltou a competir meses depois, ficando em 12º na geral do campeonato. O seu melhor resultado neste ano foi na segunda ronda, no GP da Tailândia, com um duplo segundo lugar.

Já no último ano de MX2, em 2014, Febvre alcançou três pódios, chegando a vencer uma corrida pela primeira vez, no Brasil. No final do Mundial de Motocross, o francês ficou em terceiro na classificação geral, atrás apenas de Jordi Tixier e Jeffrey Herlings, despertando desta forma o interesse da equipa de fábrica da Yamaha, a única que procurou o piloto oficialmente.

Na sua temporada de estreia entre os “Grandes”, Febvre teve uma pequena lesão no braço e uma hérnia, mas não se abalou e foi conquistando o seu espaço, galgando degraus a cada fim-de-semana. Após cinco etapas, o francês começou a mostrar seu talento. No GP de Espanha, conquistou seu primeiro pódio e não parou por aí… Liderou 158 voltas no campeonato e tirou o máximo de proveito que qualquer piloto pode tirar do MXGP, ganhou 13 corridas, subiu ao pódio 11 vezes consecutivas e, quando estava a duas rondas do final do campeonato, assegurou o título. Um feito que não é para qualquer um?