MotoGP, 2020, San Marino: Zarco adaptado à Ducati

Por a 10 Setembro 2020 14:00

Johann Zarco está satisfeito com a confirmação da Ducati de que quer continuar com ele para além de 2020. “Há uns meses, nem sabia se ia conseguir ser rápido com esta moto”, explica.

Em Spielberg, Johann Zarco teve de suportar vergonha e críticas pelo acidente com Franco Morbidelli e foi penalizado com um arranque do pitlane. Mas também teve razões para se regozijar, já que o diretor desportivo da Ducati, Paolo Ciabatti, confirmou que queria continuar com o piloto de 30 anos, que caiu em desgraça na KTM. Porém, inda não foi decidido com que equipa estará em 2021.

O francês teve uma semana tumultuosa: em Brno fez uma sensacional pole e na corrida subiu ao pódio apesar da penalidade. O sucesso é o resultado de um trabalho meticuloso e detalhado, como revela: “Nas últimas semanas tornei-me de um zero na Áustria a um herói em Brno e na segunda corrida voltei a ser o herói. Tudo começou com a Pole na República Checa. Antes do bloqueio, os testes foram positivos e senti que algo estava a avançar, mas estavam todos tão próximos que mal consegui terminar em 16º com uma volta rápida.”

Mas quanto mais dados a Avintia Esponsorama analisou, mais ficou claro que não faltava muito. “Fiz um bom trabalho, ouvi bem e foi apenas acertar detalhes”, diz Zarco. “Trabalhámos muito e em Brno conseguimos dar um grande passo em frente. Isso foi bom para o aspeto mental, porque provou que estávamos certos no pressuposto de que não faltava muito. Mostrou-me que estava outra vez no ritmo. E a vitória do Brad Binder motivou-me, porque podia ter vencido a corrida. Isto mostra que é possível voltar a ganhar corridas, e estou muito feliz por isso, porque tive dúvidas.”

E no que diz respeito à sua equipa, o piloto de Cannes está feliz: “No início não queria ir para a Avintia, mas a Ducati disse-me que se eu fosse para a Avintia quando eu estivesse lá, apoiavam-no e agora não é a mesma equipa que antes. Estou tão feliz pelo meu plantel porque eles fazem sempre o mesmo trabalho, quer o piloto ganhe ou perca. Mas se o piloto ganha, trabalhas com um sorriso nos lábios. Posso ver que lhes dei a sensação que quase tinham esquecido, desde a última vez que provaram uma vitória. É um verdadeiro prazer vir à boxe e partilhar o sucesso com os meus colegas.”

“Com os bons resultados, também foi alcançada uma boa confirmação do futuro. Acho que estão contentes com o meu feedback e com o que viram nos dados. Acham que lhes posso dar boa informação. Para mim é um grande passo, porque há uns meses não sabia se iria ser rápido com esta moto. Há até uma hipótese de que continue com a equipa de fábrica e isso é simplesmente avassalador.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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