MotoGP, Assen: Viñales imparável bate Marquez em Assen
Tanto Marquez como Quartararo chegaram a estar na frente mas foi Viñales que acabou por levar a melhor. O espanhol manteve o bom ritmo dos dias anteriores e esteve sempre na luta pela vitória. Quartararo perdeu tempo, por várias vezes, na reta traseira do circuito, o que acabou por fazer com que ficasse um pouco para trás. O francês já não conseguiu desafiar Marquez e terminou a corrida na terceira posição. Marquez chegou atrás de Viñales com um segundo lugar que soube a primeiro, depois de algumas dificuldades durante os últimos dois dias. Quem também chegou a estar na liderança foi Alex Rins que caiu precisamente desse posto logo à terceira volta.
No entanto, nem todos os pilotos da marca conseguiram brilhar. Valentino Rossi não esteve no seu melhor durante todo o fim-de-semana, nunca conseguindo encontrar a combinação certa para o levar a bom porto. A sua desastrosa prestação em Assen seria fechada com uma queda a alta velocidade, que envolveu também Takaaki Nakagami.
Viñales foi, então, o único piloto a desafiar o Quartararo durante os treinos e a qualificação. Não seria difícil prever um pódio para o espanhol, tendo em conta a prestação no ano passado e a confiança que trouxe para este Grande Prémio. Apesar de ter perdido algum ritmo no arranque, não tardou a recuperá-lo. No entanto, para chegar a Quartararo, que seguia na frente, teria de passar por Marquez. A tarefa não foi fácil mas acabou por conseguir. Conseguiu chegar à liderança mas sem espaço para distrações pois o seu compatriota estava em perseguição. Acabaria por ser ultrapassado mas não descansou enquanto não teve o caminho livre à sua frente. Passou Marquez e ganhou alguma vantagem para celebrar a primeira vitória desde Phillip Island, no ano passado. O piloto da Yamaha mostrou-se muito feliz depois de voltar ao lugar mais alto do pódio.
Fabio Quartararo voltou a mostrar o seu valor durante estes três dias. Esteve quase sempre no topo da tabela com um ritmo que prometia voltar a surpreender. Já quase a 100% depois da sua operação ao braço, Quartararo chegou a este fim-de-semana com o objetivo de levar consigo o máximo de pontos possível. Ainda esteva na discussão da vitória mas acabou por ir ficando para trás, sem capacidade de seguir Viñales e Marquez.
Um Grande Prémio de domínio total por parte da Yamaha com dois pilotos sempre dentro do top três. Para estragar a festa, só mesmo Marc Marquez a saltar da quarta posição na grelha para terminar em segundo. O espanhol admitiu que este tinha sido um fim-de-semana difícil e que o segundo lugar é um excelente resultado tendo em conta a situação. Sem dúvida que não se pode queixar pois levará para Sachsenring uma vantagem segura na liderança do campeonato. Para além disso, o piloto da Honda é rei no circuito alemão e soma nove pole positions e o mesmo número de vitórias consecutivas.
Os pilotos da Ducati saíram de Assen com uma sólida prestação. Andrea Dovizioso terminou em quarto com Danilo Petrucci atrás, em sexto. Foi um fim-de-semana complicado para os italianos que lutaram contra as dificuldades da sua mota em enfrentar o vento, principalmente, nas mudanças de direção. Mantiveram-se quase sempre juntos durante a corrida sendo importunados apenas por Joan Mir e Franco Morbidelli.
Mir ainda lutou pelas primeira posições mas acabaria por ir perdendo o ritmo, juntando-se ao segundo grupo que seguia mais atrás. Terminou na oitava posição depois da melhor prestação até ao momento. Quanto a Morbidelli, seguiu, até ao final, junto dos dois pilotos da Ducati. Na última passagem pela chicane ainda encontrou espaço para ultrapassar Petrucci para quinto, com uma das suas melhores corridas até ao momento.
Quanto às KTM, Pol Espargaro foi o melhor ao terminar na 11ª posição. O piloto esteve durante todo o fim-de-semana numa luta contra a dor, depois de ter magoado a mão nos testes em Barcelona. Ainda assim ficou próximo do top 10, tendo lutado até ao final. O irmão Aleix terminou logo atrás, também a recuperar de uma lesão, desta feita no joelho.
A segunda melhor KTM foi mesmo a de Miguel Oliveira. O piloto português foi melhorando o seu tempo por volta ao longo das três sessões de treinos, conseguindo ainda a 16ª posição na FP4. Apesar do esforço, a marca não foi suficiente para passar para a Q2. Ainda esteve na luta pelos dois primeiros lugares no início da Q1 mas acabaria por terminar em 17ª. Oliveira acabaria por receber uma penalização por condução irresponsável na sessão de qualificação. O castigo surgiu pois o piloto da KTM foi visto a andar a um ritmo mais lento na linha de Aleix Espargaro. Esta ação cortou o ritmo do espanhol que se encontrava numa volta rápida. O erro do português resultou numa penalização de três lugares. Partindo da última linha da grelha, em 20º, conseguiu gerir bem a corrida. Evitou, mais uma vez, as quedas e terminou na 13ª posição com mais três pontos. O seu colega de equipa, Hafizh Syahrin terminou em 15º e Johann Zarco não terminou a corrida.
O MotoGP segue para Sachsenring com Marquez alargar a vantagem que já trazia no campeonato para 44 pontos. Dovizioso vai ficando mais para trás e cada vez mais próximo do colega de equipa. Danilo Petrucci tem vindo a melhorar significativamente a sua prestação e está agora na terceira posição, a apenas oito pontos. Quem saiu mais prejudicado do circuito de Assen foi Alex Rins, que acabou por não pontuar e está com menos sete pontos que Petrucci.
Dps de ver os treinos, fiquei com a sensação que seria mais uma vez uma corrida de loucos, com 4/5 mt rápidos na frente. A queda do Rins tirou um PC de graça à corrida. Com ele na frente ia ser MT mais rápida e provavelmente o Márquez não ia conseguir poupar os pneus como de atrás do Quartararo.
Realmente aquela falta de estabilidade quando acelerava um pouco inclinado não lhe permitiu andar rápido. Vai ser sem dúvida um grande piloto. Talvez seja um bom substituto para o Rossi.
Parece que está perto do fim. Está cada vez mais lento em relação aos colegas de marca, com MTS dificuldades em se adaptar as condições a cada fim de semana.
É uma pena mas, penso que não há nada a fazer. O ainda maior campeão de sempre, sem dúvida o maior ídolo de sempre do MotoGP. Tudo tem um fim.
Abraço.
Concordo com quase tudo… porque na minha opinião, o substituto do Rossi vai ser o Lorenzo. Relativamente ao Rossi, com muita pena minha, os números não enganam, mas… ainda é o melhor piloto da Yamaha, no que realmente interessa que é na classificação!!!