MotoGP: Regresso confirmado a Portugal

Por a 17 Junho 2019 13:30

No Grande Prémio da Catalunha deste fim-de-semana, onde estiveram presentes vários dignitários do Governo Português, confirmou-se o regresso do Mundial de Velocidade a Portugal num futuro próximo, como já noticiado aqui.

Na ocasião, o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, reiterou o apoio do Governo à realização de um Grande Prémio de Portugal de MotoGP, nomeadamente no Autódromo Internacional do Algarve.

“Uma organização desta envergadura terá, certamente, o apoio do Governo.(…) Do ponto de vista desportivo é evidente que é importante, como é igualmente muito importante do ponto de vista económico, particularmente quando falamos de turismo”, disse João Paulo Rebelo aos meios de comunicação.

“O promotor do campeonato não quer aumentar o número de provas na Península Ibérica (atualmente quatro) pelo que haveria uma rotatividade entre as provas espanholas”, explicou o secretário de Estado.

João Paulo Rebelo acrescentou prudentemente que “ainda é precoce falar de uma confirmação seja do que for”, porque “o processo de negociação, (…) tem de ser concluído entre os vários interessados na organização”.

“O Governo terá, também, algo a dizer sobre isso e, eventualmente, os municípios que podem estar associados”, sublinhou. “Dá-se a conjugação de o presidente da Federação Internacional de Motociclismo ser um português, o que é muito bom, e temos também o Miguel Oliveira a participar nesta que é a prova rainha do motociclismo. A oportunidade de o Miguel Oliveira correr em casa seria extraordinário”, frisou.

Jorge Viegas, atual Presidente da FIM, confirmou igualmente a realização de uma reunião em Barcelona, no sábado, entre a FIM, a Dorna, promotora do Mundial de MotoGP, os responsáveis do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) e o presidente da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP).

“A reunião correu muito bem. A partir de 2022 há uma série de contratos a terminar e é quando existe a possibilidade de Portugal entrar. Tem é de haver um contrato firmado e, para que isso aconteça, é necessário o apoio do Governo”, explicou Jorge Viegas.

“Basta o Governo português assegurar que há dinheiro para pagar o contrato e temos Grande Prémio em Portugal”, acrescentou.

Para mais, Portimão mantém-se como circuito de reserva caso alguma prova falhe até 2021. “Posso garantir que, se em Silverstone não tivessem começado os trabalhos de reasfaltamento do circuito, haveria GP de Portugal em Portimão já em 2019”, revelou Jorge Viegas.

O presidente da FIM revelou ainda que as negociações apontam para uma alternância entre os circuitos do Estoril e de Portimão. “Como temos o Mundial de Superbikes, rodaríamos as competições pelos dois circuitos”, explicou.

Da parte do AIA, Paulo Pinheiro, diretor-geral do circuito, já nos tinha confirmado há meses a “existência de negociações muito avançadas”.

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