MotoGP, TOP 5: ALEX RINS
Álex Rins Navarro tem uma carreira brilhante através das classes de promoção em Espanha, ganhando numerosos títulos ao longo da sua evolução, que só agora começa a despontar também na classe rainha de MotoGP.
Nascido em Barcelona a 8 de Dezembro de 1995, Rins iniciou a carreira, como tantos outros, em minimotos, e depois no CEV, onde foi o grande rival de Miguel Oliveira, a dada altura em 2010 partilhando todas as vitórias das 125 Pré-GP, Campeonato que Rins acabou por vencer por apenas 2 pontos sobre o português.
Rins foi também o vencedor da série espanhola de 125GP do Campeonato de 2011.
Em 2012, Alex Rins estreou-se no Mundial de Moto3 com a equipa Estrella Galicia 0,0. Logo no seu segundo encontro, Rins conquistou a pole position para o Grande Prémio de Espanha e subiu ao terceiro lugar em França. Não conseguiu mais pódios nesse ano, mas foi muito consistente durante todo o resto da temporada, terminando regularmente no top 10 para terminar em quinto lugar na classificação final e tornar-se rookie do ano.
Continuou a correr pela Estrella Galicia 0,0 ao lado de Álex Márquez em 2013, que viria a revelar-se o seu ano de dar o salto. Maverick Viñales, Luis Salom e Rins dominaram a temporada, com Rins a somar 6 vitórias, 14 pódios e 8 poles. Com estes resultados, esteve na corrida pelo título ao longo da temporada, terminando em segundo atrás de Viñales por uma margem de 12 pontos e continuou a correr pela Estrella Galiza 0,0 em 2014.
A temporada de 2014 registou uma queda no desempenho de Rins, mas mesmo assim com 2 vitórias, 8 pódios e 4 poles, que no entanto foi menos do que a sua prestação de anos anteriores. Acabou por garantir o terceiro lugar do campeonato de pilotos nesse ano.
A seguri, Rins mudou-se para as Moto2 em 2015 com a equipa Paginas Amarillas HP 40 para montar uma Kalex. Aqui, exibiu o número de corrida 40, para coincidir com o patrocínio da equipa. Numa temporada dominada por Johann Zarco, Rins alcançou ainda 2 vitórias e 10 pódios, acabando por terminar em segundo lugar na classificação final e vencendo o estreante do ano mais uma vez.
Com este resultado, Sito Pons renovou o contrato e Rins ficou com a equipa Paginas Amarillas HP 40 mais uma vez em 2016. A temporada começou bem para Rins, alcançando vitórias em Austin e Le Mans e mais 7 pódios. No entanto, uma queda no final da temporada, aliada a uma onda tardia de desempenho excecional de Thomas Lüthi, resultou em Rins terminar a temporada no terceiro lugar.
Mesmo assim, Rins mudou-se para a classe de MotoGP para a temporada de 2017 com a equipa Suzuki Ecstar, ao lado do seu novo companheiro de equipa, Andrea Iannone, e mudou o seu número de 40 para 42. A primeira metade da sua temporada foi dificultada quando quebrou um pulso durante os treinos no Texas, em Abril, e só regressou à moto dois meses depois em Assen. No entanto, a sua fortuna teve uma reviravolta com um quinto lugar nas condições chuvosas do Japão, melhorando com um quarto lugar na última ronda em Valencia para acabar a época de estreia em alta.
Uma Suzuki muito melhorada, aliada à falta de lesões, permitiu que Rins fosse um consistente candidato ao pódio em 2018. Apesar de um início de temporada dececionante, com 5 desistências em 9 corridas, Rins acumulou 5 pódios (incluindo o segundo lugar nas duas últimas provas) e um total de 169 pontos, terminando a temporada no 5º lugar do campeonato e 36 pontos à frente do seu companheiro de equipa Iannone.
Em 17 de Maio de 2018, antes do GP de França, foi confirmado que Rins tinha assinado uma extensão de dois anos com a Suzuki, garantindo a sua posição de piloto de fábrica com o fabricante de Hamamatsu até final de 2020.
Para a temporada de 2019, Rins foi emparelhado com a estreante de MotoGP e campeão de Moto3 de 2017, Joan Mir.
Depois de terminar fora do pódio, tanto no Qatar em 7º, como na Argentina, onde não pontuou, Rins venceu o Grande Prémio das Américas de 2019, após um grande duelo com Valentino Rossi a seguir à única desistência do ano de Marc Márquez.
Esta foi a sua primeira vitória na classe de MotoGP e a primeira vitória da Suzuki desde que Maverick Viñales venceu o Grande Prémio da Grã-Bretanha em 2016, mas as coisas não iriam ficar por aí. Seguiu-se um 2º no GP de Espanha e dois quartos na Itália e Catalunha, temperados por duas desistências na Holanda e Alemanha… mas Rins estava na luta! A República Checa deu-lhe outro 4º, seguido de um 6º na Áustria, onde o Manager da formação Davide Brivio disse que não era uma pista ideal para a Suzuki.
Porém, logo a seguir em Silverstone, Rins fez uma corrida inteligente, pressionando Marc Márquez na fase final da prova, e batendo-o no sprint final para vencer, mostrando a capacidade da Suzuki e marcando a sua segunda vitória na classe de MotoGP. Apesar de acabar a época apenas com 2 quintos na Malásia e Valencia, com as duas vitórias, Rins terminou a temporada com 205 pontos, o que lhe deu o 4º lugar no campeonato, a sua melhor temporada de MotoGP até à data e da Suzuki desde há muito…
Com as indicações dadas pelas nova GSX-RR de 2020 nos treinos pre-época e o seu lugar na Suzuki garantido, Rins decerto melhorará o seu total de 8 vitórias, 23 pódios, 13 poles e 5 voltas rápidas de 52 partidas em Grande Prémio, e é justamente considerado um candidato “outsider” ao título.