MotoGP: Os problemas do regresso de Lorenzo
Jorge Lorenzo enfrenta uma dura batalha para completar o seu regresso ao MotoGP em Silverstone, pois ainda sofre com a lesão nas costas, deixando-o até agora último destacado nos treinos.
Lembremos que o piloto da Honda Repsol perdeu as últimas quatro rondas, além do teste de Brno, depois de fraturar duas vértebras nas costas num acidente durante os treinos em Assen, em Junho.
Depois de dois meses fora, Lorenzo diz que selecionou o GP de Inglaterra como o melhor compromisso entre recuperar de sua lesão e não prejudicar mais a sua capacidade e foco.
Mas depois de um difícil dia de estreia na MotoGP, com Lorenzo a terminar em último lugar nos treinos combinados de sexta-feira, a 3.682 segundos do ritmo de Fabio Quartararo, o espanhol admite que pode ter sido um erro não ter esperado para regressar totalmente em forma.
“Foi um dia difícil, porque nunca me senti confortável nas últimas posições”, disse Lorenzo. “É a situação que temos agora e tentar forçar cria falhas e as consequências que se podem imaginar, mas de momento é a situação”.
“As minhas costas ainda não cicatrizaram completamente e sinto dores, especialmente depois da FP2, e como também perdi massa muscular as minhas condições físicas já não estão habituadas ao ritmo do MotoGP por causa de dois meses sem andar. Preciso de ter paciência para pouco a pouco ultrapassar esta corrida.”
Lorenzo expressou mesmo dúvidas se poderia completar a corrida de 20 voltas em Silverstone: “Eu não sei ainda. Após o segundo treino, comecei a sentir mais dor nas costas do que ontem.”
“Todos os treinos que eu fizer serão pior para as minhas costas, mas eu preciso administrar isso e tentar fazer as voltas certas, para conseguir o melhor ritmo sem piorar a minha lesão ”.
Lorenzo também aceita que melhorar a sua situação actual para este fim-de-semana parece uma tarefa complicada.
“Quase em todos os pontos tenho problemas, na travagem e também no meio das curvas com o pescoço, pois perdi muito músculo e a mudança de direção afeta-me”, disse ele.
“Com a dor nas costas, tudo o que faço é muito devagar. As únicas áreas que não perco são na aceleração. Mas no resto da pista estou a perder muito. Isso é demonstrado pela diferença de três segundos e meio para os mais rápidos.”