MotoGP, os atuais: Bradley Smith
Incluimos Bradley Smith nesta lista dos atuais pilotos da MotoGP pois é nossa convição absoluta, como já fora dito no Autsport Especial de MotoGP de Fevereiro, que Andrea Iannone não se livrará da suspensão por Doping em tempo útil para 2020 e como tal, será substituído na equipa Aprilia Gresini pelo Inglês.
Bradley Smith, nascido a 28 de Novembro de 1990 em Oxford, tem passado despercebido ultimamente, mas também ele tem um feito único sob seu nome:
É o único piloto a ter marcado pódios em todas as classes em que correu no Mundial, das 125, Moto2, ao MotoGP e, agora o ano passado, MotoE.
Contratado pela Aprilia como piloto de teste na classe motoGP além disso, Smith teve uma longa associação com a equipa francesa Tech3, pilotando para eles durante seis temporadas, duas na classe Moto2 e quatro em MotoGP usando Yamaha YZR-M1 apoiadas pela fábrica. Também já venceu as 8 Horas de Suzuka em 2015, com os companheiros de equipa da Yamaha Katsuyuki Nakasuga e Pol Espargaró.
Nascido em Oxfordshire, o pai de Smith correu em Motocross, e a família tinha uma pista de treino aberta, pelo que Smith conseguiu a sua primeira moto de motocross aos seis anos.
Smith candidatou-se à seleção da Auto-Cycle Union (ACU, a Federação Britânica) para jovens pilotos, mas nunca foi escolhido. Passou um ano em 2004, com 13 anos, a competir na copa Aprilia Superteens, terminando em quarto atrás de três pilotos da Academia ACU.
Em Janeiro de 2005 foi convidado a competir no campeonato espanhol de 125cc como parte da Academia de Moto GP, vencendo as últimas três corridas e terminando o ano 2º a apenas um ponto do campeão.
Em 2006, juntou-se à equipa de Grande Prémio Honda Repsol, gerida por Alberto Puig, nas 125cc, e foi 19.º da geral e rookie do ano, com um melhor resultado de 8.º lugar em Motegi.
Mantendo-se na equipa em 2007, subiu ao seu primeiro pódio com um terceiro lugar em Le Mans. Mais nove top-10 deixaram-no em 10º lugar da geral.
A seguir, Smith assinou com a equipa Aprilia Polaris World para a temporada de 2008.
Garantiu a sua primeira pole position na ronda inaugural da temporada no Circuito Internacional de Losail, no Qatar, a 8 de Março, mas sofreu um problema técnico enquanto liderava. Uma série de lesões a meio da época afetou-o, mas conseguiu o pódio em Jerez e Le Mans (depois de liderar brevemente o sprint de cinco voltas exigido por uma bandeira vermelha por chuva).
Liderou tanto em Assen como em Sachsenring, e terminou no pódio em ambos. Terminou a sexta temporada na geral, com três poles e quatro pódios, mas sem vitórias.
Para a temporada de 2009, Smith assinou pela Aspar Bancaja Racing de Jorge Martínez, para continuar a andar numa Aprilia, ao lado de Julian Simon. O acordo também incluia uma opção para correr em 250 para a equipa em 2010. Smith quase assinou pela equipa em 2008, antes de assinar pela Polarisworld.
Bradley Smith venceu o seu primeiro Grande Prémio com uma performance dominante em Jerez, em Maio de 2009.
A primeira pole position da temporada chegou em Mugello, na qual obteve a sua segunda vitória em Grande Prémio, depois de uma brilhante luta contra Nico Terol e Julian Simon.
Essa corrida colocou Smith na liderança do Campeonato com 74,5 pontos, apenas 3,5 pontos à frente de Simon. No entanto, Simon melhorou de forma e acabou por ganhar o título. Smith terminou em segundo lugar para o seu companheiro de equipa nas últimas três corridas da temporada, perdendo a liderança na última volta em duas delas.
Acabou por terminar como vice-campeão da série e em Agosto de 2009, declarou a sua ambição de subir à nova classe de Moto2 com a equipa Aspar, mas os dois lugares da equipa foram atribuídos a Julian Simon e Mike Di Meglio.
Em Novembro de 2009, Smith aceitou um acordo para permanecer com a equipa Aspar na classe 125cc para 2010 ao lado de Nicolas Terol.
Depois de ter sido vice-campeão em 2009, Smith era um dos favoritos ao título em 2010, no entanto o ano foi dominado pelo trio espanhol Marc Márquez, Pol Espargaró e Nico Terol.
Smith ainda conseguiu, no entanto, três pole positions e seis pódios, incluindo uma vitória na última ronda da temporada em Valencia, a caminho do quarto lugar na classificação do campeonato.
Depois do Grande Prémio de Portugal de 2010, foi anunciado que Smith iria competir em Moto2 em 2011, correndo pela equipa Tech3, ao lado de um dos pilotos que lhe tinham negado a mudança para as Moto2 um ano antes, Mike Di Meglio.
Smith tinha assinado um contrato de três anos com a Tech 3 que o veria permanecer em Moto2 em 2012, antes de se mudar para o MotoGP em 2013.
Smith iniciou bem a sua campanha de estreia na classe de Moto2, com sétimo na sua primeira corrida, antes de alinhar com um quarto lugar no Grande Prémio de Espanha.
A seguir, Smith conseguiu o seu primeiro pódio com um segundo lugar no Grande Prémio de casa, em Silverstone, e seguiu-o com dois terceiros lugares nas duas rondas seguintes. Assim, Smith terminou a sua temporada de estreia na classe, em sétimo lugar na classificação final do campeonato.
A temporada de Smith em 2012 foi muito consistente, pois marcou pontos em todas as corridas, mas sem um pódio. O seu melhor resultado foi quarto lugar no Grande Prémio de Itália, e acabou por terminar a temporada no nono lugar da classificação final do campeonato.
Então, Smith substituiu Khairul Idham Pawi, retirado na Malásia devido a lesão, no Grande Prémio em Silverstone.
Em 2013, como planeado, Smith foi promovido à classe rainha pela Tech3 a bordo de uma Yamaha, com Cal Crutchlow como colega de equipa. Terminou a temporada no 10.º lugar, com 116 pontos, acabando consistentemente entre os dez melhores na maioria das corridas.
O seu melhor resultado foi um trio de sextos lugares obtidos no Grande Prémio da Catalunha, Alemanha e Austrália.
Logo, para 2014, Smith continuou a correr com a Tech3, com o colega de equipa Pol Espargaró. Terminou em quinto lugar na segunda ronda do campeonato, o Grande Prémio das Américas, no Texas, conseguindo o seu melhor resultado na altura.
Mais tarde, Smith alcançou o seu primeiro pódio de MotoGP em Phillip Island, terminando em terceiro lugar, depois de aproveitar quedas tardias de Cal Crutchlow e Espargaró para subir de posição. Também recebeu um ponto de penalização da Direção de Corrida, depois de ter sido considerado que ultrapassou outro piloto sob bandeiras amarelas, e assim terminou a temporada no 8º lugar.
Mantendo-se com a Tech3 para a temporada de 2015, Smith terminou cada uma das 12 primeiras corridas nos dez primeiros lugares, com dois quintos lugares os seus melhores resultados. No Grande Prémio de San Marino, Smith alcançou o seu melhor resultado em MotoGP com um segundo lugar, apesar de, ou exactamente por, se manter em pista com pneus slicks à medida que a chuva caía – chegou a baixar para 21.º na ordem da corrida antes de passar pelo plantel com a pista a secar.
Com Scott Redding em terceiro, a dupla tornou-se no primeiro par de pilotos britânicos a terminar num pódio da classe rainha desde que Barry Sheene e Tom Herron o fizeram no Grande Prémio da Venezuela em 1979.
Com 181 pontos, Smith alcançou o seu melhor lugar até aqui na sua carreira na classe de MotoGP, em 6º lugar, o melhor de todos os pilotos independentes.
Em 2016, um início de temporada difícil culminou com uma lesão a meio da época nos treinos na ronda Checa.
Apesar de ter iniciado a corrida antes de ser afastado por avaria mecânica, Smith falhou as três rondas seguintes devido à lesão sofrida, sendo substituído pelo piloto de Superbike Alex Lowes. Com essa lesão, Smith foi relegado para apenas 17º lugar no campeonato de pilotos
Em Março de 2016, Smith foi confirmado como o primeiro piloto contratado para a entrada da nova KTM no campeonato. Assim, juntou-se ao seu antigo colega de equipa da Tech3, Pol Espargaró, na equipa Austríaca.
A temporada de 2017 revelou-se difícil, mas positiva para Smith e para o novo construtor, terminando em terceiro e último de todos os pilotos regulares da marca e bem atrás do seu companheiro de equipa, mas conseguindo pontos suficientes para terminar à frente da Aprilia no campeonato de construtores e 10.º de 12 no campeonato de equipas.
2018 mostrou uma ligeira melhoria para Smith, ao subir ao 18.º lugar do campeonato com 38 pontos, embora bem atrás do colega de equipa Espargaró, apesar de ter menos abandonos na temporada.
Com a contratação de Johann Zarco para a KTM, Smith foi dispensado pela equipa de fábrica, mas foi rapidamente contratado pela Aprilia no papel de piloto de testes. A Aprilia decidiu inscrever Smith como wildcard em quatro provas: Qatar, Jerez, Catalunha e Aragón. Com 2 desistências, não conseguiu pontos nas suas corridas como wildcard.
Para 2019, ao lado dos seus deveres de piloto de teste e wildcard da Aprilia, Smith foi autorizado a assinar com a One Energy Racing para a temporada inaugural do Mundial de MotoE, conquistando 4 pódios de 6 corridas para conseguir o segundo lugar da classificação com 88 pontos.
Em 2020, quando as corridas retomarem, será o piloto oficial na melhor Aprilia RSGP de sempre!