MOTOGP, Jerez: A evolução dos rookies, 1: Binder

Por a 29 Julho 2020 16:00

Os resultados das duas primeiras corridas não refletem o desempenho do sul-africano em Jerez. Binder foi uma das estrelas do espetáculo em ambos os fins de semana, e tornou-se evidente que ele estava no jogo na sexta-feira no GP de Espanha.

Terminar 10º no TL1 foi um início promissor, mas depois foi terceiro, na segunda sessão oficial livre de MotoGP, atrás da dupla da Yamaha Petronas SRT Franco Morbidelli e Fabio Quartararo e sob temperaturas elevadas.

Após ter ficado em 13º na Qualificação, Binder fez uma rápida fuga no Domingo e ficou atrás do colega de equipa Pol Espargaró antes de sair de pista na Curva 5 depois de perder a frente da sua RC16 à entrada.

Binder voltou a juntar-se à corrida e mostrou ritmo de pódio a caminho do 13º lugar, tarde demais mas dando uma sensação do que poderia ter sido para Binder e a KTM log na primeira corrida.

Uma estreia promissora, mas o que traria o GP da Andaluzia uma semana depois? Binder conseguiu entrar diretamente na Q2 depois de terminar em 7º lugar nos tempos combinados dos Treino Livres, acabando por se qualificar em 9º à frente de Pol Espargaró.

O dia da corrida porém não correu bem a Binder, pois logo na partida chocou com o futuro companheiro de equipa Miguel Oliveira (KTM Red Bull Tech3). O número 33 teve de entrar na gravilha e voltaria à carga lá muito detrás para mostrar ritmo de corrida de pódio, mas acabaria por se exceder e cair na Curva 13 na 12ª volta, um castigo imediato e duro pelo seu erro anterior, de que felizmente saiu ileso.

“Hoje definitivamente não foi de acordo com o plano e o pior foi que destruí a corrida para o Miguel”, disse Binder no domingo após a corrida. “Ele tinha tido um ótimo fim de semana até então e tenho a certeza que ele teria tido uma corrida forte. Sinto muito por isso. Tive um bom começo e não vi o Danilo por dentro e quando vi já era tarde demais: não consegui evitar o Miguel.”

“Quando vi o acidente fiquei muito preocupado, por isso estou contente por ele estar bem. Depois disso, a minha corrida já era difícil. Dei o meu melhor para passar através do pelotão. Continuei a trabalhar, a puxar e ao entrar na última curva, derrapei de frente e tentei apanhá-la, mas agarrou outra vez e cuspiu-me pelo outro lado. Felizmente estou bem e tentaremos de novo da próxima vez.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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