MotoGP, 2020: Já se fala de 2021 na Ducati e Honda LCR
Vimos como 2021 já está a dar que falar na Honda e Yamaha… Porém, outro fabricante com várias opções será a Ducati. A forma e as sortes contrastantes entre Jack Miller e Danilo Petrucci no segundo semestre de 2019 viram crescer a especulação de que o par pode ser trocado para 2020 e esses rumores, para já negados, provavelmente aumentarão de intensidade no próximo ano.
Todos os quatro pilotos da linha de frente da Ducati – o par da fábrica e a dupla Pramac – têm máquinas iguais GP20 no próximo ano, portanto as comparações diretas serão inevitáveis. Enquanto Andrea Dovizioso foi justamente creditado com ajudar a transformar a Ducati de lutadores a candidatos ao título, logo a seguir descobriu que o próximo passo para derrotar Márquez de forma consistente ao longo de uma temporada provou ser ilusório por três anos consecutivos. Até Zarco, vista a competitividade das Desmosedici com um ano de desfasamento da de fábrica, como a de Bagnaia este ano, poderá ter uma palavra dizer na Avintia se tudo correr bem- para o que a Ducati já garantiu 2 técnicos adicionais à equipa de Raúl Romero.
Num jogo de jovens, o tempo não está do lado de Dovizioso, pois ele completa 34 anos no início da temporada 2020. Sim, há um certo Rossi oito anos mais velho que ainda está na grelha de MotoGP, mas poucos esperam que alguém iguale a longevidade de Rossi.
Dovizioso também ficou frustrado com a relativa falta de progresso nas principais fraquezas da Ducati (velocidade em curva e inserção em curva), que revelaram pequenas falhas entre o piloto mais experiente e a equipa técnica liderada por Gigi Dall’Igna.
Mas longe da Ducati, as opções de Dovizioso parecem limitadas e arriscadas; ou seja, KTM ou Aprilia. Embora a reforma não deva ser assumida como automática se o italiano chegar a uma encruzilhada com a Ducati em 2020, é uma opção que pode surgir à vista.
Na outra metade da garagem da Ducati, a pressão continua firme sobre Petrucci, devido à sua chocante queda de desempenho desde as férias de verão deste ano.
Se um dos pilotos italianos deixasse a fábrica, a promoção de Miller para a equipa principal iria tornar-se o passo lógico – a menos que Francesco Bagnaia tivesse um início de 2020 ofuscante e superasse o australiano, o que é, no mínimo, improvável.
Dada a confirmação oficial de Zarco como piloto da Ducati contratado pela fábrica para 2020 chegar tão tarde, juntamente com uma lesão no tornozelo sofrida em Valencia, poucos podem prever com confiança como o piloto francês se sairá no próximo ano com a GP19. Mas se um ano de destaque se seguir, o nome de Zarco não poderá ser eliminado da configuração de pilotos da Ducati – até porque deve ter sido por isso mesmo que a marca o contratou! Depois, há ainda o rápido “tester” Pirro, que dá garantias de substituir qualquer piloto lesionado com bons resultados.
Já Cal Crutchlow não escondeu que está avaliando o seu próprio futuro depois de 2020 e, embora ainda seja competitivo e com um forte pacote na Honda LCR, o que o seu corpo já sofreu aos 34 anos dá-lhe razões de sobra para ficar em casa.
O piloto pode, eventualmente, precisar de cirurgia para remover uma placa no tornozelo, que lhe causou muita dor, resultado de sua queda desagradável em Phillip Island em 2018, enquanto uma família jovem e uma temporada mais longa e com muitas viagens não é uma combinação ideal para o encorajar a ficar.
Se um lugar for aberto na Honda LCR, cujo dono Lucio Cecchinello está sempre de olho em novos talentos, será sempre uma opção atraente para um piloto capaz de domar a RC213V.