MotoGP, 2020: Já se fala de 2021 na Aprilia, Suzuki e KTM
Quando se fala das opções para 2021, com todos os contratos a acabar, há pilotos mais incertos que outros. Nesse aspeto, outro piloto cujos dias parecem numerados no MotoGP é Andrea Iannone, que entra numa segunda temporada na Aprilia em 2020.
Os resultados foram difíceis de encontrar para o “Maniac” enquanto a fábrica de Noale passa pelas suas próprias mudanças, supervisionadas pelo CEO Massimo Rivola, e um piloto mais barato, jovem e com sede de sucesso seria preferível a Iannone.
Dada a idade e o recorde de Iannone, ele não deve ser muito apetecível para o restante da grelha de MotoGP, já que ele já esteve na Ducati e Suzuki na sua carreira, de certo modo “queimando-se” em ambas com muitas quedas por imaturidade.
O compromisso da Suzuki com a juventude deu frutos nas últimas temporadas e, a menos que um grande rival viesse à procura de Alex Rins ou Joan Mir acenando com um livro de cheques chorudo, é de prever que ambos fiquem aonde estão devido à falta de alternativas mais fortes.
Dado o investimento da KTM na juventude, posto que a idade média dos seus pilotos em 2020 será de 24 anos, e com dois rookies em Brad Binder e Iker Lecuona, o pacote da marca austríaca no próximo ano é uma incógnita.
Tendo construído o seu programa de jovens pilotos, promovendo Binder e Oliveira através da Moto3 e depois da sua equipa de Moto2 em anos consecutivos, se um dos seus pilotos novatos falhar seriamente, ainda há Jorge Martin à espera nos bastidores em 2021.
Dado o recente aumento de jovens na MotoGP que obtiveram sucesso instantâneo – Quartararo, Rins e Mir como exemplos principais – os gestores de equipas terão cada vez mais em mente os candidatos das primeiras filas da Moto2.
A maior parte da grelha de Moto2 comprometeu-se em acordos de um ano para 2020 com as oportunidades de MotoGP em mente. Sabe-se que Remy Gardner recusou uma oferta da KTM, sabendo que mais opções estariam abertas, tentando garantir o seu futuro em 2020. Certamente, ao pai não faltam contatos nos lugares certos nem portas aonde bater.
A classe intermédia acolhe uma riqueza de talentos promissores, desesperados para impressionar na próxima temporada, mas prever quem irá avançar e depois ter sucesso é uma das tarefas mais difíceis para as equipas de MotoGP que procuram talentos.
Mas, dada a erupção de movimentos desencadeados pela retirada de Lorenzo poucos dias antes do final da temporada, isso mostra que (quase) tudo é possível e a verdadeira imagem para 2021 não será revelada até que todos estejam alinhados na grelha para a primeira prova…