MotoGP, 2020: Apelo de Iannone com baixas hipóteses de sucesso
Como se sabe, Andrea Iannone recorreu ao Tribunal Internacional do Desporto porque considerou injustificada a sua punição de 18 meses de suspensão. No entanto, é questionável se isso salvará a carreira do piloto da Aprilia no MotoGP.
Andrea Iannone está banido pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) desde 17 de Dezembro por se terem encontrado provas da presença da substância proibida Drostanolone, um esteróide anabólico, na sua amostra de urina do GP de Sepang de 2019.
Enquanto a defesa no Tribunal Disciplinar Internacional do FIM tentou provar a tese de ingestão involuntária por ter comido um bife contaminado na Ásia através de uma amostra de cabelo, a acusação até pediu uma suspensão de quatro anos.
O veredicto proferido a 1 de Abril acabou por fixar a penalidade em 18 meses. Mas a carreira do italiano de 30 anos no MotoGP fica na mesma terminada, uma vez que só poderia regressar ao Mundial de MotoGP depois de 16 de Junho de 2021, quando Iannone estaria prestes a cumprir, a 9 de Agosto, 32 anos.
O seu contrato com o atual empregador, a Aprilia Gresini, que sempre se manteve com o vencedor de 13 Grandes Prémios nas 3 classes, expira no final de 2020.
A última esperança para Iannone é o Tribunal Internacional do Desporto (CAS). Depois do seu advogado Antonio De Rensis ter interposto recurso na semana passada, foi iniciada a próxima fase das negociações.
De acordo com De Rensis, um veredicto pode ser esperado dentro de dois meses mesmo a tempo do início previsto do Campeonato do Mundo de MotoGP, em Jerez, a 19 de Julho.
Nos bastidores, porém, diz-se que é evidente que o apelo tem poucas hipóteses de sucesso. A FIM diz que a Agência Mundial Antidopagem (AMA) insiste na proibição de 18 meses, que considera modesta.
A FIM tem agora um máximo de 20 dias para responder aos argumentos da defesa de Iannone. A bola estará então com os juízes do CAS, que decidirão se ainda será necessária uma audiência. O acórdão seria então adiado.