MOTOGP, 2020: A razão da proibição de Wild Cards

Por a 30 Julho 2020 14:30

Para a temporada de MotoGP de 2020, as participações de wildcard para as três classes foram canceladas. Jorge Lorenzo lamenta, em particular, esta decisão, e Michele Pirro e Stefan Bradl também têm de rever os seus planos de corrida.

Como parte das medidas de austeridade do Covid-19, os testes privados das equipas não concessionadas (Honda, Yamaha, Suzuki e Ducati) foram cancelados para 2020. Além disso, a especificação dos motores homologada em Março de 2020 foi congelada até ao final de 2021, ou seja, o desenvolvimento dos motores de quatro cilindros de 1000 cc foi efetivamente congelado por dois anos. Mas também foi proibido que os pilotos de teste participassem como wildcards nos Grandes Prémios deste ano.

O objetivo desta medida não era apenas manter o número de pessoas no paddock o mais baixo possível (no máximo 1600 membros de equipas e funcionários), mas também reduzir os custos.

A Honda queria completar a sua participação com wildcard individuais com Stefan Bradl, a Ducati com Michele Pirro, a Suzuki com Sylvain Guintoli, e a Aprilia com Bradley Smith, que, claro, agora é o piloto regular substituindo Andrea Iannone.

A KTM queria competir com o finlandês Mika Kallio, pelo menos no seu evento local do KymiRing, que aliás o Finlandês ajudou a projetar.

As equipas vencedoras podem andar com um máximo de três wirldcards por piloto por temporada em anos normais, os recém-chegados como a KTM e Aprilia um máximo de cinco.

Acima de tudo, os fãs estavam entusiasmados com o regresso do piloto de testes da Yamaha, Jorge Lorenzo, a quem a Yamaha tinha prometido participar em Barcelona-Catalunha, com Misano também em debate.

Mas o penta-campeão mundial também teve de enterrar os seus planos de GP para 2020 devido à epidemia de Covid 19.

Do ponto de vista atual, a proibição de wildcards parece um pouco exagerada, porque o número máximo de dois pilotos por prova poderia ter sido limitado a um piloto e permitir a todos os pilotos de teste a possibilidade de sairem em competição pelo menos uma vez por ano.

Os pilotos de testes lamentam a decisão, mesmo tentando compreendê-la.

“Por razões económicas, os fabricantes propuseram que nenhum piloto wildcard fosse autorizado a fazer corridas em 2020. E isso continua a ser o caso agora”, clarificou o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, há pouco.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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