MotoGP, Os números mais marcantes de cada Grande Prémio da temporada

Por a 11 Dezembro 2023 11:30

Numa época em que assistimos a um total de 20 Grandes Prémios, todos tiveram algo a registar em termos de números.

Começando em Portimão, Aleix Espargaró iniciou a sua corrida número 218 na classe principal, subindo na altura ao quarto lugar dessa lista, igualando Dani Pedrosa e Nicky Hayden, distanciando-se desde então de ambos – embora Pedrosa tenha feito duas corridas este ano, em Jerez e Misano. Valentino Rossi lidera a lista, com 372 corridas disputadas, à frente de Andrea Dovizioso, com 248, e Alex Barros, com 245, com Aleix em quarto, com 237. Na Argentina, destaque para a primeira vitória na classe principal de Marco Bezzecchi, numa altura em que havia oito pilotos que não tinham vencido na classe principal. Na Austrália, houve mais um piloto a estrear-se. Antes disso, nos Estados Unidos, Álex Rins tornou-se no oitavo piloto a vencer com dois construtores diferentes na era MotoGP, juntamente com Jack Miller, Andrea Dovizioso, Casey Stoner, Jorge Lorenzo, Maverick Viñales, Max Biaggi e Valentino Rossi. No GP de Espanha, Pecco Bagnaia igualou Biaggi no quarto lugar da lista de italianos com mais vitórias na classe principal. Em França, destaque para o recorde de assistência, com 278.805 espetadores ao longo do fim de semana.

No GP de Itália, Bagnaia foi o primeiro piloto a fazer o Grand Slam (pole, volta mais rápida, liderar todas as voltas e vencer) desde que ele próprio o fez no ano passado em Espanha. Na Alemanha, houve 233.196 pessoas a assistir, sendo a maior assistência no Sachsenring e o evento que teve mais assistência na Alemanha. Nos Países Baixos, Bagnaia conquistou a sua 15.ª vitória no MotoGP, igualando Andrea Dovizioso na lista de italianos com mais vitórias na classe principal, atrás das 89 de Rossi e das 68 de Giacomo Agostini. Na Grã-Bretanha, Aleix Espargaró tornou-se no nono vencedor diferente nas últimas nove corridas em Silverstone, depois de Jorge Lorenzo, Marc Márquez, Valentino Rossi, Maverick Viñales, Andrea Dovizioso, Álex Rins, Fabio Quartararo e Francesco Bagnaia. No Moto3, David Alonso estreou-se a vencer, sendo o primeiro colombiano a triunfar em Grandes Prémios, com a Colômbia a ser o 13.º país a vencer na categoria e o 30.º em Grandes Prémios. Já na Áustria, Bagnaia passou a ser o terceiro italiano com mais sucesso na classe principal. Foi também o seu 50.º pódio da carreira em Grandes Prémios, fazendo o duplo Grand Slam (pole, volta mais rápida e vitória em ambas as corridas).

Na Catalunha, Aleix Espargaró venceu pela terceira vez no MotoGP e na carreira em Grandes Prémios, depois da Argentina em 2022 e da Grã-Bretanha em 2023. Foi também a terceira vitória da Aprilia na classe principal. Em San Marino, destaque para Dani Pedrosa, que foi quarto classificado, melhor resultado de um wild-card numa corrida em piso seco na era MotoGP. Os outros resultados comparáveis aconteceram à chuva: pódio para Akira Ryo em Suzuka 2002, na mesma corrida em que Shinichi Itoh terminou em quarto. Em Valência 2018, também à chuva, Michele Pirro foi quarto. Na Índia, Marco Bezzecchi conseguiu o seu primeiro Grand Slam, com Bagnaia a ser o único piloto a alcançá-lo em 2023, por duas vezes (Itália e Áustria). No Japão, Marc Márquez foi terceiro, passando para o quinto lugar da lista de pilotos com mais pódios em Grandes Prémios (140, superando Ángel Nieto), atrás de Jorge Lorenzo, com 152. Na Indonésia, Bagnaia ganhou depois de se qualificar em 13.º, sendo o primeiro piloto a ganhar uma corrida em piso seco depois de se qualificar em 12.º ou abaixo desde Marco Melandri, que ganhou na Turquia em 2006 depois de sair de 14.º. Foi também a vitória número 500 para um piloto com pneus Michelin na classe principal.

Na Austrália, Johann Zarco foi o segundo piloto que se estreou a vencer na classe principal em 2023 e o quinto vencedor francês na classe, depois de Fabio Quartararo (11 vitórias), Régis Laconi, Christian Sarron e Pierre Monneret, com uma cada. Com essa vitória, deixou de ser o piloto com mais pódios na classe principal sem uma vitória, com essa distinção a voltar a pertencer a Colin Edwards. Na Tailândia, 253 milésimos separaram o vencedor Jorge Martín e Francesco Bagnaia, que cruzou a linha em terceiro antes de ser promovido ao segundo lugar. Este é o quarto pódios mais próximo de sempre na classe principal numa corrida completa, apenas batidos por Phillip Island 1999 (124 milésimos entre Tadayuki Okada, Max Biaggi e Régis Laconi), Estoril 2006 (176 milésimos entre Toni Elias, Valentino Rossi e Kenny Roberts Jr) e Phillip Island 2022 (224 milésimos entre Álex Rins, Marc Márquez e Francesco Bagnaia). Raúl Fernández terminou em 15.º, a apenas 15.093 segundos de Martín, igualando o segundo top-15 mais próximos de sempre, que foi no Qatar em 2019. Apenas a corrida de Doha em 2021 teve um top-15 mais próximo, separado por 8.928 segundos. Na Malásia, Enea Bastianini venceu no MotoGP pela quinta vez, primeira desde Aragão no ano passado, todas com a Ducati. Está empatado com Jorge Martín na lista de pilotos da Ducati com mais vitórias, duas atrás de Loris Capirossi. No Qatar, Fabio Di Giannantonio tornou-se no terceiro piloto a vencer pela primeira vez esta época, sendo também o 12.º vencedor estreante desde a primeira corrida de 2020, depois de Fabio Quartararo, Brad Binder, Miguel Oliveira, Franco Morbidelli, Joan Mir, Jorge Martín, Francesco Bagnaia, Enea Bastianini, Aleix Espargaró, Marco Bezzecchi e Johann Zarco. Di Giannantonio tornou-se no sexto vencedor da Ducati da temporada, estabelecendo um recorde de vencedores diferentes com o mesmo construtor numa só época. Por fim, Valência marcou a primeira vez na era MotoGP que o campeonato foi decidido na última ronda, depois de o de 2022 já ter sido decidido no mesmo local.

De resto, não houve pilotos a vencerem corridas consecutivas esta temporada, sendo a primeira vez desde a primeira época, em 1949, que tal acontece. Quase três milhões de pessoas estiveram nos eventos de MotoGP em 2023 (total dos três dias em todos os circuitos, sendo que não há dados nesta matéria para o GP das Américas). Está no top-3 de épocas com mais assistência e a primeira metade da época bateu um recorde, com 1.6 milhões de pessoas a assistirem aos eventos.

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