MotoGP, o Top 10 de 2020: 5, Fabio Quartararo

Por a 28 Dezembro 2020 15:00

Um dos favoritos à partida, especialmente após duas vitórias consecutivas, a época de Quartararo terminou com o piloto em sérias dúvidas sobre as suas capacidades

O francês foi muito mais consistente em 2019 com uma Yamaha do ano de 2018, do que com a Yamaha de 2020 esta época

Costuma-se dizer que não se fala de quem bem começa, mas sim de quem bem acaba e isto aplica-se à maravilha à época de 2020 de Fábio Quartararo.

O piloto prodígio da Yamaha Petronas começou por vencer duas vezes em Jerez,  finalmente estreando-se nas vitórias e, claro com esse resultado, sendo o maior marcador de pontos, inevitavelmente liderando o campeonato.

Porém a partir daí a sua época perdeu ímpeto e é caso para dizer que raramente terá um piloto liderado o campeonato pro boa vantagem no início, (à 4ª prova tinha 67 pontos contra 56 de Dovizioso e 48 de Viñales) só para acabar na oitava posição ao fim da época.

Porém, também temos de nos interrogar quanto foi inconsistência do piloto e quanto, problemas na sua Yamaha.

Certamente, o francês foi muito mais consistente em 2019 com uma Yamaha do ano de 2018 atualizada, do que com a Yamaha de 2020 esta época.

Em 2019, conseguiu sete pódios e em 2020, consegui apenas três, embora todos esses tenham sido vitórias…

Depois do seu começo em cheio, Quartararo ainda viria a vencer na Catalunha quando regressou aparentemente imbatível, mas pelo meio já tinha ficado num resultado sem pontuação em San Marino e num modesto 13º na Estíria, após dois resultados dentro do top 10, mas apenas em sétimo e oitavo em Brno e na Áustria.

Após a sua vitória na Catalunha, seguiu-se França, onde poderíamos ter esperado vê-lo brilhar, mas aonde, pelo contrário não produziu qualquer resultado digno nota, com a sua estreia à chuva a produzir apenas um nono lugar:

Porém, pior estaria para vir, com o piloto a terminar mesmo fora dos pontos em Aragón, apesar de, com a melhoria da Yamaha para a segunda ronda de Teruel, tivesse conseguido uma oitava posição, seguida mais uma vez de dificuldades em Valência, que o viram marcar apenas 2 pontos pelo seu 14º lugar no Grande Prémio da Europa e a seguir não terminar a corrida.

Outro 14º foi exatamente o resultado no final da época em Portimão, onde mais uma vez o piloto de Nice passou os treinos completamente perdido e incapaz de lidar com a sensação na sua moto.

Perdida a confiança, a época terminaria assim em baixa com o piloto da Petronas apenas 2 pontos à frente de Miguel Oliveira em oitavo, uma situação que Quartararo precisará de rever na formação de fábrica em 2021.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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