MotoGP, Miguel Oliveira (17.º): “Tempo do Binder deixa-nos mais tranquilos”
Miguel Oliveira descreveu o primeiro dia do Grande Prémio da Malásia como “estranho”, pelo facto de não ter usado um pneu novo para o time attack no final da primeira sessão e pela chuva que impediu toda a gente de melhorar na segunda. Em 17.º no final do primeiro dia, o português recorre ao tempo do colega de equipa para manifestar confiança.
“Foi um dia estranho, acabámos por optar pela estratégia de não colocar nenhum pneu no final da sessão no primeiro treino livre. Também não esperávamos esta chuva toda à tarde, foi um pouco inesperado, mas isso não podemos controlar. Aquilo que não podemos controlar, adaptamo-nos, e foi isso que fizemos. Sem muitas loucuras, tocámos um bocadinho na mota, mas, meio molhado, senti-me já um pouco melhor. Amanhã é continuar o trabalho que tínhamos programado para fazer esta tarde. Não nos tira a confiança, já que o Binder, com o pneu usado, foi ligeiramente mais lento do que eu, depois com o novo conseguiu dar o passo para a frente. Isso deixa-nos mais tranquilos no que concerne à volta rápida. Julgo que amanhã vamos andar mais rápido do que se rodou esta manhã, bastante mais rápido, está tudo em aberto”, disse.
“Não temos nenhuma indicação de que chova esta noite e acho que amanhã de manhã podemos ter oportunidade de fazer essa sessão a seco. Para a tarde, volta a estar tudo um pouco mais incerto. A chover, vai ser a chuva que caiu hoje à tarde, vai ser tudo outra vez atrasado e vamos fazer os treinos um pouco mais tarde”, referiu.
“O que eu não posso controlar, adapto. Temos um pouco mais de tempo, temos de continuar a ingerir água, a nossa hidratação, alimentação, e fazer toda essa adaptação para treinar um pouco mais tarde. Não traz nenhum fator que tenha de ser levado com uma abordagem psicológica diferente, temos de estar prontos para sair a qualquer altura e essa é a mentalidade”, declarou.
“Gostava de ter um pneu normal atrás e andar rápido para perceber quais são as áreas onde temos de trabalhar a mota. Todos tivemos os pneus aquecidos, montados na jante, retirados e voltados a montar, são os chamados preheated tyres, que são pneus que nós controlamos porque são nossos. Este pneu não sei se era de Portimão ou de outra corrida qualquer em que utilizámos este tipo de composto, e aconteceu um pouco a todos na primeira sessão. Há pneus que estão menos horas montados nas mantas, têm um ciclo de calor menor, outros têm maior, isso afeta bastante o grip. Calhou-me um desses de manhã, são logo os primeiros que usamos para não voltarmos a usar no fim de semana. Gostava, com o pneu novo normal, de perceber onde está a nossa mota e onde está o nível”, concluiu.