MotoGP, Johann Zarco (3.º): “Quase caí e fiquei muito assustado”

Johann Zarco voltou a conseguir um pódio para si e para a Pramac no MotoGP, com um terceiro lugar na Alemanha. O francês rapidamente percebeu que o seu ritmo podia dar para este resultado, embora se tenha assustado na última volta quando teve de salvar uma queda.

“Desta vez, não tive problemas no arranque, pude ter um bom arranque e a moto funcionou bem desde o início da corrida. Pude ver imediatamente que o meu ritmo era bom, consegui usar boa aderência do pneu traseiro, mas o Bezzecchi era forte na travagem e não consegui encontrar espaço para ultrapassar, e o Aleix chegou com o pneu macio na traseira e tentou usar o potencial do pneu. Quando ele ultrapassou outro piloto, puxei para ganhar logo um bom ritmo e ir com os pilotos da frente. Tentei lutar o máximo possível para fazer boas ultrapassagens, o Marini e o Binder estavam a ir rápido e eu conseguia ficar com eles. O Marini caiu um pouco com o pneu traseiro, eu fiquei sozinho com o Brad, a tentar controlar o meu pneu traseiro e a pensar no final da corrida. Ele cometeu um erro na curva 8 e fiquei sozinho no terceiro lugar. No final, o Bezzecchi estava a puxar e eu tive de ficar concentrado para manter distâncias com ele, 1.5 segundos é uma boa distância, mas pode desaparecer a qualquer instante. Estava concentrado, cometi um pequeno erro na última volta, mas tinha distância para desfrutar do pódio”, disse.

“Eu estava atrás do Brad e vi que ele estava a ir rápido para a curva. Como não consegues uma grande saída da curva 8, tentas compensar com uma boa entrada. Acho que ele deslizou com a traseira e fechou um pouco a frente e saiu largo. Na curva 8, assim que sais largo, sais demasiado largo, ele tentou controlar e deslizou, caindo na gravilha. Por trás, parece que aconteceu lentamente, mas é bastante rápido. Queria manter a distância para o Bezzecchi e a distância estava feita. Quando travei, vi alguma coisa a mexer na primeira curva, pensei que os dois primeiros estavam a lutar e talvez um deles tivesse caído. Assim que pensei nisso, quase que eu próprio caí e fiquei muito assustado. Consegui salvar, saí largo, vi que o Bezzecchi ainda não estava lá, tive outro deslize na curva 3, os pneus estavam sujos do lado direito. A minha última volta foi 23.4, quase dois segundos mais lenta do que os pilotos da frente”, referiu.

Bernardo Figueiredo

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