MotoGP, Jack Miller sobre Bagnaia: “É melhor que eu e nem sei porquê”
O australiano que terminou no quinto lugar o campeonato do mundo em 2022, fala sobre o seu relacionamento com Pecco, dos seus anos na Ducati e do seu novo companheiro de equipa, o sul-africano Brad Binder.
Jack Miller deu esta entrevista nos últimos dias onde falou sobre os seus anos com a casa italiana e da sua relação com o anterior companheiro equipa, agora campeão do mundo. “O Pecco cresceu muito nos últimos dois anos e eu também melhorei. Nos tempos da Pramac, apenas parte do seu potencial foi vislumbrado”, disse Miller que reconhece os resultados alcançados pelo italiano como muito melhores que os seus, mesmo que não consiga explicar totalmente onde está a diferença.
“Se eu soubesse porque Bagnaia é melhor que eu, faria como ele. Preparo-me bem física e mentalmente para as corridas. Ele anda de moto melhor do que eu, é simples.”
Jack admite que o ‘salto’ como piloto de Pecco o surpreendeu. “Ele já tinha dado sinais encorajadores na Pramac, mas nos últimos dois anos, a sua evolução foi enorme e conseguiu muitas vitórias”.
Um passo evolutivo na Ducati
Contúdo, em termos gerais o piloto australiano está feliz com os seus dois anos na equipa de fábrica da Ducati. “Foi uma passagem importante na minha carreira. Antes de passar para a Ducati tinha conseguido um pódio e uma vitória à chuva (com a Honda em 2016 em Assen). Agora tenho mais de 20 pódios”.
Mas na verdade foi o próprio australiano que tomou a opção por um regresso à KTM para a segunda parte da sua carreira no MotoGP. “Queria tentar algo novo e no final foi minha a decisão. Estou muito contente com a forma como decorreu a segunda metade da temporada e espero poder levar esse ímpeto para a nova moto.”
Acreditamos que Miller vá deixar saudades na Ducati, sobretudo a Bagnaia para quem ele sempre foi leal, como a David Tardozzi e toda a box Ducati – face ao seu carisma único no paddock – mas segue-se um novo capítulo na carreira do piloto de 27 anos de Townsville.
Binder um bom amigo
“O Pecco e eu temos uma relação amigável, mas é sempre estranho ter um companheiro de equipa europeu porque a cultura é muito diferente. Os sul-africanos têm uma cultura muito semelhante, um senso de humor semelhante aos australianos. De certa forma, Brad Binder é o meu oposto, mas quando o conhecemos melhor, vê-se que ele é mais parecido comigo do que se imagina. Acho teremos uma grande colaboração. Conheço-o bem: vive a apenas 600 metros de mim em Andorra e passamos muito tempo juntos. Bebemos umas cervejas e conversamos um pouco, ele é um bom amigo”. Concluiu Jack Miller.