MotoGP, Indonésia, Antevisão: Três pontos a separar os candidatos ao título
A época de MotoGP está na sua reta final, com toda a gente a preparar-se para três corridas consecutivas, que valem 111 pontos, numa altura em que os dois primeiros estão separados por apenas três pontos. A partir de sexta-feira, o MotoGP regressa a Mandalika, um ano depois de uma corrida que deixou alegrias aos adeptos portugueses.
Na última prova, à chuva, Francesco Bagnaia perdeu mais pontos para Jorge Martín, que está agora a apenas três de distância do atual campeão do mundo. Pecco ainda está à frente e lidou bem com a pressão no Japão, mas Martín está na melhor fase da sua carreira no MotoGP e Bagnaia terá como missão travar esse bom momento. Será que algum deles consegue vencer em Mandalika?
Marco Bezzecchi não está assim tão longe dos dois da frente, mas já sofreu um revés, partindo a clavícula enquanto treinava, correndo contra o tempo para ver se vai participar nesta prova ou não. A VR46 ainda não confirmou quando é que Bezzecchi regressará, mas diz que o vai fazer em breve, com Luca Marini, por seu lado, a ser esperado que viaje para a Indonésia, depois de também ter estado ausente por lesão.
O mesmo se pode dizer de Álex Márquez, com a Gresini a dizer que o espanhol vai viajar para testar o regresso à ação. Também na Gresini, os rumores à volta do lugar de Fabio Di Giannantonio continuam, sabendo-se desde já que Marc Márquez não vai continuar na Honda em 2024.
A confirmação oficial dessa notícia surgiu na semana passada, naquilo que terá sido uma decisão difícil para o espanhol, tratando-se de uma equipa que ele representa há mais de uma década. Para já, e depois de um pódio que ele classificou como “romântico” no Japão, ainda há seis fins de semana para disputar, com o 93 a querer dar o melhor em cada um deles.
Álex Rins também está a cumprir os últimos momentos pela Honda, faltando saber se o espanhol vai poder voltar ou não à ação na Indonésia. Takaaki Nakagami, por seu lado, já sabe que vai estar na LCR em 2024, com Joan Mir à espera de saber quem será o seu parceiro de equipa na Honda no próximo ano. Mir pontuou nas últimas duas provas, conseguindo inclusivamente um top-5 na Índia.
Na mesma linha, Fabio Quartararo também teve sucesso na Índia, conseguindo um pódio, mas depois sentiu mais dificuldades em Motegi, faltando saber como se comporta em Lombok. Franco Morbidelli, por seu lado, também sabe que está de saída da Yamaha e vai querer despedir-se da melhor forma, tal como Johann Zarco, que pretende oferecer um pódio à Pramac antes de sair. Na Ducati, Enea Bastianini pode fazer o seu regresso à ação nesta prova, embora isso ainda não esteja confirmado.
A KTM terá a última oportunidade para ver se ainda consegue conquistar o título de construtores à Ducati, algo que ficou mais difícil depois da queda de Brad Binder em Motegi, embora Jack Miller tenha feito o suficiente para garantir que a luta continua. A KTM foi a vencedora do único GP da Indonésia disputado até agora, com ambos os pilotos a procurarem um bom resultado.
Ainda na KTM, os destaques vêm também da dupla de pilotos que a GASGAS vai utilizar na próxima temporada, com Augusto Fernández a fazer equipa com o atual líder do campeonato de Moto2, Pedro Acosta. Pol Espargaró vai permanecer no projeto e vai certamente encarar estas últimas provas com ambição.
Por fim, a Aprilia procura em Lombok mais do que aquilo que tem tido. Aleix Espargaró teve um GP do Japão sólido, mas quer recuperar a grande forma que demonstrava no verão, ao passo que Maverick Viñales não teve uma última ronda nada boa e quer recuperar. Raúl Fernández tem vindo a subir de forma nas últimas provas, ao passo que Miguel Oliveira é, até ao momento, o único vencedor de MotoGP em Mandalika, com os portugueses a lembrarem-se bem daquilo que o luso fez à chuva no ano passado. O português voltou a ter azar no Japão, com a bandeira vermelha a surgir imediatamente depois de o piloto entrar na box, mas esta pista traz-lhe boas memórias.