MotoGP, Fabio Quartararo (3.º): “Mesmo que estejamos muito longe, não desisto”

Fabio Quartararo conseguiu adiar a decisão do título de MotoGP para Valência, mas precisa praticamente de um milagre para revalidar o título. O francês garante que, apesar de tudo, não desiste, tendo ficado satisfeito com a corrida que efetuou hoje.

“Demos o nosso máximo hoje, o arranque foi chave. Mudámos um pouco a estratégia em comparação com a Austrália. Aí queria manter o pneu fresco para o fim, mas hoje puxei muito no início, porque a nossa moto não é muito boa com os pneus, tinha de puxar três/quatro voltas até estar à frente do Marc. Foi bom e estou feliz por conseguir este resultado hoje”, disse.

“Vi que o Pecco foi muito bom na primeira travagem e tinha de fazer alguma coisa, ou a minha oportunidade pelo título acabava ali. Fiz uma grande primeira volta. Mesmo que agora estejamos muito longe, não desisto e quero terminar bem em Valência”, referiu.

“O Marco estava a um segundo e meio, depois chegou a dois ou três décimos, mas puxei imenso. Sabia que se ele me ultrapassasse e o Pecco ganhasse, ele era campeão. Mas eu queria o pódio e sabia que, se ele me ultrapassasse, eu não conseguia voltar a ultrapassar. Vamos ver como corre, mas estou feliz por manter o mistério até Valência”, declarou.

“Não foi uma grande queda, mas foi uma queda estúpida. Foi uma queda normal, mas parti o meu dedo e foi muito doloroso. Mas o Ángel tomou conta de mim e quero agradecer-lhe a ele. A adrenalina mata sempre a dor e estar a lutar por este tipo de posições ajuda, agora sinto dor outra vez. Não interessa, porque demos tudo, e era o que queríamos hoje”, acrescentou.

“Vou preparar-me como um doido, porque sei que a minha única solução é ganhar. Quero desfrutar da corrida de Valência, porque sei que é a última da época, e depois vemos como corre. Mas quero desfrutar da corrida”, concluiu.

Bernardo Figueiredo

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