MotoGP, Argentina: Brembo explica os principais pontos de travagem em Rio Hondo

Por a 29 Março 2023 21:48

Os pilotos de MotoGP travam 29 segundos por cada volta ao circuito Termas de Rio Hondo. Esta é a conclusão da Brembo, que explica os principais pontos de travagem no Grande Prémio da Argentina do próximo fim de semana.

A época 2023 começou com duas corridas de uma assentada. Mal feitas as despedidas  de Portimão, equipas e pilotos já aterraram na Argentina, casa do segundo Grande Prémio no circuito de Termas de Rio Hondo que, segundo os técnicos da Brembo, se enquadra na categoria de circuitos de média exigência nas travagens.

O fabricante de Bergmano, considera que numa escala de 1 a 5, o circuito sul-americano tem um índice de dificuldade 3. O complexo Termas de Rio Hondo possui um museu onde está exposto um Benetton B196 que em 1996 conquistou 10 pódios na Fórmula 1, também graças aos travões da Brembo.

Primeira metade do circuito é a mais exigente

Em 8 das 14 curvas de Termas de Rio Hondo, os pilotos de MotoGP usam os travões num total de 29 segundos por volta, o equivalente a 30% da corrida. No entanto, o valor diverge nas duas metades da pista que são muito diferentes. Nas primeiras 7 curvas da pista argentina os travões são aplicados por mais de 19 segundos, enquanto nas 7 seguintes por apenas 10 segundos. Todas as desacelerações mais duras e longas em termos de tempo e espaço estão de fato encerradas nas 7 primeiras curvas.

Nas curvas 9, 11 e 12, a perda de velocidade é inferior a 100 km/h e a pressão do fluido de travões não chega a 9 bar. Somando todas as forças exercidas na alavanca de travão Brembo por cada piloto desde o início até o fim, chegamos a 7,8 quintos.

333 km/h na recta mais longa

Das 8 travagens necessárias, 2 são considerados muito exigentes a nível dos travões, 3 são de dificuldade média e as restantes 2 são ligeiras. A curva 5 é a mais difícil de enfrentar porque é precedida por uma recta de 1.076 metros que permite às motos do MotoGP atingir os 333 km/h: o gancho obriga os pilotos a descerem a 71 km/h, a travar durante 6 segundos com uma carga na manete do cilindro mestre Brembo de 5,7 kg.

Para enfrentar a Curva 5 do circuito da melhor forma possível , é preciso começar a travar ao passar sob o outdoor de publicidade em relevo. Tem que se reduzir para a 4ª velocidade, fazer a curva a cerca de 140 km/h e somente na fase final da curva se pode abrir o acelerador novamente.

VELOCIDADE MÁXIMA EM 2022: 345,5 KM/H (FRANCESCO BAGANIA / DUCATI)

RECORDE DO CIRCUITO: 1’37.683 (MARC MARQUEZ / HONDA), 2014

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Ricardo Ferreira
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