MotoGP, Aleix Espargaró (1.º): “Logo na volta de formação, senti muita tração”
Aleix Espargaró tornou-se hoje no primeiro piloto a vencer uma corrida de MotoGP partindo da 12.ª posição desde Chris Vermeulen em 2007. Apesar da posição mais baixa à partida, o espanhol sentiu desde cedo que o potencial era alto, devido à moto que tinha.
“Estou muito feliz. Comecei em 12.º devido à chuva de ontem, mas senti-me muito forte desde sexta-feira em piso seco. Na volta de formação a caminho da grelha, senti que tinha muita tração, uma grande sensação. Disse a mim mesmo que era invencível e que tinha de arriscar, não importa a posição, estava muito focado. A meio da corrida, quando apanhei o Pecco, o meu plano era ultrapassá-lo e tentar abrir distância, porque tinha melhor ritmo. Mas depois começou a chover e não era fácil lidar, a pista estava muito escorregadia. O Pecco fez um grande trabalho, abrir a pista quando está a chover é muito difícil. Tentei ficar atrás do Pecco o tempo todo e ultrapassá-lo na última volta e funcionou. Trabalhámos muito, foi muito frustrante na Argentina para mim e para a Aprilia, todas as motos terminaram nas últimas posições, a moto não funcionava de todo. Tentámos procurar uma afinação, mesmo que fosse muito diferente da de piso seco, que funcionasse à chuva. Há anos em que chove em uma ou duas corridas e outros em que chove dez vezes, temos de ser competitivos à chuva. Mudámos a moto para as condições de chuva, ainda não está fantástica, mas ontem o Maverick terminou em terceiro com pneus de chuva, eu fui quinto, o que é uma grande melhoria. Isso é bom para nós e sabia que hoje era forte em piso seco”, disse.
“O meu plano era ultrapassá-lo na curva 3, mas, na curva anterior, a tentar preparar a ultrapassagem, quase caí com um highside, estava no limite. Não foi fácil recuperar a distância que perdi para ele, mas hoje tinha melhor tração, tinha vários lugares em que o podia passar. Não foi fácil, era na alta velocidade e a moto mexia-se muito, mas hoje tinha de ganhar. Estava muito feliz pela Aprilia, falava-se muito das outras marcas, eu apontei para o nome da Aprilia. O meu sonho é ganhar um título pela Aprilia, acho que fiz um bom trabalho nestes seis, sete anos, mas ainda temos um passo para provar que esta moto é a melhor do mundo. Diz-se sempre que é difícil ultrapassar, mas, quando tens melhor ritmo, como tinha por exemplo em Assen no ano passado ou hoje, numa pista grande como esta, podes passar com alguma facilidade. Hoje a minha moto estava muito boa”, referiu.