MotoGP, 2021: Os rookies no Teste do Qatar, Enea Bastianini

Por a 9 Março 2021 14:30

O Campeão do Mundo de Moto2 foi o rookie mais rápido ao acabar em 16º na sua estreia no MotoGP no Qatar

“Concentrei-me em ser mais suave e mais descontraído, porque na Ducati, a agressividade não é o caminho a seguir!”

Apesar do campeão mundial de Moto2 Enea Bastianini ter sido o estreante de MotoGP mais rápido no teste de três dias da IRTA no Qatar, o piloto da Ducati Esponsorama foi modesto e sublinhou o que ainda precisava para melhorar.

Depois de problemas iniciais e uma queda no teste de shakedown de sexta-feira em Doha, Enea Bastianini viu-se cada vez melhor nos dois dias seguintes de treino.

No final, posicionou-se como o mais rápido dos quatro estreantes no campo de MotoGP no 16º lugar, a 1,5 segundos do líder Fabio Quartararo da Yamaha.

Mas o facto de ter deixado para trás o colega de equipa Luca Marini, bem como os estreantes Lorenzo Savadori (Aprilia) e Jorge Martin (Pramac Ducati) desempenhou apenas um papel secundário para o campeão do mundo de Moto2. “Isso não é importante para mim neste momento, porque todos os novatos foram rápidos. Mas claro que estou feliz por ser o mais rápido entre eles, o que é bom para a equipa e um início sólido”, confessou o italiano com um sorriso.

O piloto de 23 anos destacou o seu desenvolvimento no domingo como o maior passo em frente durante os dias de teste.

“Concentrei-me em ser mais suave e mais descontraído, porque na Ducati, a agressividade não é o caminho a seguir.Graças a esta perceção, consegui uma boa volta a meio da sessão. Comecei a trabalhar mais com a eletrónica e com a configuração, no total foram três dias positivos no Qatar”, resumiu Bastianini na sua estreia.

Uma comparação dos seus dados com os dos pilotos de fábrica da Ducati, Pecco Bagnaia e Jack Miller, proporcionou ao italiano de 23 anos mais informações.

“De sábado a domingo, mudei completamente o meu estilo de condução. Virei-me para o Pecco e o Jack e depois tentei conduzir como eles. Isto funcionou muito bem, pois fez-me agir com mais cuidado”, avaliou “La Bestia”.

“Entendo que só posso ser agressivo na travagem, mas o fator decisivo é usar suave aceleração à saída de curva, porque se abrires um pouco demais o gás, a roda traseira começa a saltitar. Se, por outro lado, o abrires gradualmente, entras num slide controlado, o que é crucial para os tempos de volta rápidos na moto de MotoGP”, explicou o piloto da Ducati.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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