MotoGP, 2021: Consistência vai ser a chave para Oliveira e Binder, diz Beirer

Por a 28 Fevereiro 2021 15:30

Pit Beirer é o diretor desportivo de uma KTM de quem muito se espera na próxima temporada de MotoGP de 2021

“A pressão do título ainda não deve estar nos nossos ombros” Pit Beirer

Os progressos da marca em 2020 foram surpreendentes , mas exigem confirmação este ano, tanto que os chefes em Mattighofen estão convencidos de que a RC16 poderá estar na vanguarda da corrida ao título.

Um entusiasmo que Pit Beirer tenta regularmente acalmar enquanto tenta não quebrar o clima de entusiasmo nas fileiras.

Pit Beirer é como todos os seus outros colegas no paddock: está ansioso por recuperar a iniciativa e embarcar finalmente numa temporada de 2021 onde desta vez as suas tropas serão vigiadas de perto, e por uma boa razão: com os pódios de Espargaró, mais as duas vitórias de Oliveira e uma de Binder, chegaram um grande passo mais perto do topo da tabela.

No entanto, Beirer quer que todos mantenham a cabeça fria à medida que entrámos nas vésperas de uma campanha que promete ser tão incerta como a anterior, e dá o tom:

“Não quero dizer que estamos entre os candidatos ao título”, diz. “Acho que esse peso ainda não devia estar nos nossos ombros.”

“Fizemos exibições consistentes em 2020 e podíamos ter lutado pelo título se nos tivéssemos poupado de alguns os erros mais estúpidos. Perdemos muitos pontos. Se tivéssemos sido capazes de evitar isto, muito mais teria sido possível…”

Pit Beirer fez a sua análise: Pol Espargaró caiu em Brno numa luta contra Zarco e depois em Spielberg 1 na luta contra Oliveira.

Pelo menos 32 pontos, a pontuação de dois terceiros lugares, perdeu-se aí. Também caiu na Catalunha. “Aí, tinha um sétimo ou oitavo lugar na mão”, disse o espanhol na altura sobre a classificação geral.

Se adicionarmos 40 pontos ao total de 135 de Pol, isso daria 175, mais 4 do que Mir precisou para se sagrar Campeão, daí a análise de Beirer, que comenta:

“É uma situação nova, olhar para o marcador e dizer que sem este ou aquele erro, poderia ter havido um resultado ainda melhor”, acrescenta.

“Já não se trata de passar do 15º para o 11º lugar, mas estamos a falar de pelo menos o terceiro lugar no Mundial de MotoGP – que Espargaró falhou por meros quatro pontos.

A lição da temporada de 2020? “A consistência é muito importante neste momento. Correr o risco de uma queda nem sempre vale a pena.”

E conclui: “Às vezes é melhor terminar em quarto com mais segurança do que cair na batalha pelo terceiro lugar. Se levarmos estas ideias a sério, tudo será possível na nova temporada. Veja-se a classificação do campeonato de 2020: temos de tentar repetir os sucessos do ano anterior e fazer ainda melhor algumas coisas.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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