MotoGP, 2020, San Marino: Miguel Oliveira e os problemas da KTM
Na corrida interna entre KTM, Miguel Oliveira terminou em segundo, depois de uma primeira corrida difícil em Misano. O vencedor do GP da Estíria terminou em 11º lugar e culpa a fraca qualificação.
Miguel Oliveira e os seus colegas de marca da KTM não ficaram muito bem na fotografia durante o GP de San Marino. Dada a temporada de sucesso até agora, e ainda por cima as boas indicações nos treinos anteriores, foi um passo atrás para a marca Austríaca. Em Misano, o quarteto foi incapaz de capitalizar nas performances anteriores. Em vez de competirem pelo pódio, Pol Espargaró e Brad Binder, da equipa de fábrica, estiveram numa corrida interna do estábulo da KTM com Oliveira da KTM Red Bull Tech3.
Durante muito tempo nos treinos, parecia que Oliveira, que tinha vencido o último GP da Estíria, ganharia este duelo. O Português passou à Q2 com Espargaró, os dois liderando a tabela na Q1.
Mas depois na corrida Espargaró voltou em alta e relegou o português para o 11º lugar mesmo à última. ““Foi uma corrida complicada, tivemos várias dificuldades no início para recuperar algumas posições, pois tínhamos alguns adversários com uma escolha de pneus diferentes da nossa… Houve algumas manobras de ultrapassagem entre nós na corrida – explicou Oliveira – Falhei alguns pontos de travagem no final. Como resultado, o Pol passou. O Brad também tentou, perdemos tempo e não podíamos atacar mais o Pol. O meu ritmo foi bastante bom durante a corrida toda, mas já estava muito longe de poder chegar ao meu objetivo de estar entre os cinco primeiros. Não queria arriscar mais, queria levar os pontos comigo”, disse Oliveira, que também perdeu tempo com o piloto da Ducati, Danilo Petrucci, nas primeiras etapas da prova.
“Foi difícil andar atrás dele, ele tinha pneus macios, e era lento nas curvas, mas nas retas afastava-se de mim quando acelerava”, explicou o agora décimo classificado no Mundial. Só quando Binder alcançou Petrucci é que Oliveira escapou.
O próximo obstáculo foi Aleix Espargaró. “Ele também me atrasou”, disse Oliveira. “Se tivesse tido um melhor lugar na qualificação, estaria livre destes obstáculos. Temos de começar a partir de uma das duas primeiras filas no domingo. A primeira vez aqui em Misano não o fizemos, apesar de estarmos apenas a dois ou três décimos. O ritmo na corrida foi bom e tenho a certeza que conseguimos acompanhar a Ducati e a Suzuki, é o objetivo.Temos agora uma oportunidade de testar algumas soluções num teste aqui em Misano para poder melhorar sobretudo a nossa qualificação. A posição de arranque é super-importante neste circuito e é isso que estamos focados em melhorar para o próximo fim-de-semana! Temos de marcar pontos em todas as corridas, essa é a chave”