MotoGP, 2020, Aragón: Viñales e Mir fortes, as Ducati tropeçam
Maverick Viñales continua com a Yamaha M1 a definir o ritmo em Aragão na MotoGP. Queria pressionar Quartararo e conseguiu. Mir, na tentativa de ir forte com a Suzuki durante uma volta foi o quarto, atrás das duas SRT Petronas.
A segunda sessão já ocorreu com melhores temperaturas. Havia 24 graus na pista, apesar do vento forte. A Direção de Corrida, para evitar o frio que impede de aquecer os pneus, decidiu que os treinos da manhã de sábado seriam adiados em meia hora e que os Warm-Up de domingo começam 20 minutos mais tarde. A Michelin também decidia que a partir desta corrida e até ao final do campeonato, vai trazer mais pneus macios para cada prova, uma vez que são os preferidos dos pilotos.
Hoje, Pecco Bagnaia bateu o recorde de velocidade em Aragón e se no primeiro treino livre, Dovizioso tinha chegado a 348,4 km/h, o seu compatriota chegou a 351,8 km/h. Morbidelli rapidamente esqueceu-se da sua queda no TL1 e cedo se colocou no comando do TL2.
Às claras ficavam os pontos críticos do circuito: Brad Binder caia na curva 14, uma direita como as curvas 2 e 8 onde se acumulavam a maior parte dos incidentes. Joan Mir seguiu uma estratégia diferente dos demais, colocando pneus macios novos na última meia hora. Parece que na Suzuki é preciso colocar pneus novos para andar rápido e ficar bem na grelha de partida. O maiorquino cumpriu e ficou em primeiro nos tempos.
Na LCR Honda revelavam que Nakagami ia fazer uma longa corrida para preparar a corrida e o japonês também colocou compostos macios, saltando para o segundo lugar. No ‘paddock’ presume-se que Nakagami vai renovar por mais um ano com a equipa de Lucio Cechinello.
A 13 minutos do final da sessão era Fabio Quartararo que provocava a concorrência. O francês da SRT Petronas trocava de pneus e partia para uma volta rápida. Não demorou muito para chegar primeiro colocando o cronómetro em 1’48.2. Contudo estava a 1,5 segundos da melhor volta dada no MotorLand de Aragón por Marc Márquez em 2015. Viñales dava uma volta forte e colocava-se em segundo. Aleix, o mais velho dos irmãos Espargaró colocou-se em terceiro.
Foi então a vez de Maverick Viñales mandar um recado para os adversários, baixando o seu registo em quase meio segundo. Mir, procurava progredir nos tempos mas encontrou à sua frente um lento Petrucci. Zarco irritava-se, tinha caído de novo, desta vez na curva 2. O ataque final confirmava que a Ducati sofre nesta pista. Mir mostrou que a França está mais do que esquecida e fez progressos com novos pneus. Assim, o top 10 mostrava as Yamaha na frente: Viñales, Quartararo e Morbidelli. Mir foi o quarto, Cal Crutchlow foi quinto na frente dos dois irmãos Espargaró e Alex Marquez confirmava as melhorias de Le Mans com um oitavo lugar.
Miguel Oliveira, com a KTM Tech3, depois de um TL1 lento, melhorou em 2,149 segundos o seu tempo da manhã. O piloto luso concluiu o TL2 0,043 segundos atrás do seu companheiro de equipa, ansioso por dar o salto para o Q2 no sábado.