Moto3: 2015 um ano inesquecível para Miguel Oliveira na KTM Ajo

Por a 13 Setembro 2016 13:14

Com a contratação de Miguel Oliveira para os quadros da Red Bull KTM Ajo, esta situação marca o regresso do piloto português a uma casa que bem conhece e onde viveu até ao momento os seus melhores dias no Mundial de Motociclismo então na categoria de Moto3.

Depois de duas épocas ligado à Mahindra, onde alcançou dois pódios em duas temporadas, Miguel Oliveira rumou na época passada à KTM e à estrutura de Aki Ajo. Ainda a conhecer os segredos da KTM RC250GP, o início de época não foi muito fácil com o piloto luso a ficar em branco nas duas primeiras corridas do ano, sendo que no GP das Américas acabou por somar um abandono.

Feita uma pequena travessia do deserto, Oliveira apareceu em grande estilo nas duas provas seguintes, os Grandes Prémios da Argentina e de Espanha. Na pista de Termas de Río Hondo, o piloto luso obteve a primeira pole position com a nova equipa e assinou a volta mais rápida na corrida. Contudo o fim de semana teve um sabor agridoce, pois na contenda ficou às portas do pódio ao ser quarto. No entanto estava dado o mote para uma época que viria a ser inesquecível.

15 dias depois em Jerez somou o primeiro pódio com as cores da Red Bull KTM Ajo ao ser segundo na corrida. Perante tão boas indicações o grande momento chegou no dia 31 de maio de 2015 quando no mítico traçado de Mugello Miguel Oliveira tornou-se no primeiro piloto português a vencer uma corrida no Mundial de MotoGP. O piloto português repetiu a dose na ‘Catedral’  de Assen, onde todos os pilotos ambicionam subir ao lugar mais alto do pódio.

No entanto como nem tudo não facilidades Oliveira conheceu na prova seguinte, o GP da Alemanha, o momento mais baixo da época quando sofreu uma queda durante os treinos livres que resultou na fratura da mão esquerda. Aproveitando da melhor forma a habitual pausa de verão, Miguel Oliveira não falhou nenhuma corrida pesa embora os primeiros três Grandes Prémios após esse infortúnio tenha obtido resultados modestos.

O regresso aos bons momentos surgiu no GP de San Marino e da Riviera de Rimini, quando terminou a prova realizada no circuito de Misano no segundo lugar. Nas cinco rondas seguintes e que culminaram com o final da temporada, Miguel Oliveira exibiu-se a um nível de sonho ao vencer quatro dessas provas, três delas consecutivas, que por muito pouco não acabou com a conquista de um inédito título mundial, algo que parecia impensável quando fraturou a mão esquerda meses antes no traçado de Sachsenring.  No final da época em Valência, o piloto português não hesitou em afirmar que teve um “final de época dominante, talvez o mais dominante da história de Moto3”.

Para a história vai ficar o facto de ter vencido o mesmo número de corridas do campeão do Mundo, Danny Kent, e de ter feito sonhar todos os portugueses que acompanharam as corridas, algo que até então nunca tinha acontecido. Em 2017 e como diz o provérbio popular ‘o bom filho à casa torna’.

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