CRÓNICA: O paradoxo da Ducati

Por a 24 Maio 2016 12:15

Gigi Dall’Igna, Paolo Ciabatti e a restante administração da Ducati Corse optaram pela consistência de Andrea Dovizioso para acompanhar Jorge Lorenzo em vez da fogosidade de Andrea Iannone. O mais jovem dos italianos chegou a ter um contrato de renovação nas mãos no início da época, mas deu sucessivos ‘tiros no pé’ ao entrar numa luta kamikaze com Dovizioso no Qatar (antes de cair) e depois ao abalroar de forma inaceitável o seu companheiro na última curva do GP da Argentina, além de nova queda na corrida de Le Mans. O homem que se autointitula ‘O Maníaco’ acabou por ser vítima da sua própria fogosidade, apesar de não restarem dúvidas de que é mais rápido do que Dovizioso. Que o digam Davide Brivio e a Suzuki, rápidos a ‘resgatar’ Iannone assim que Maverick Viñales lhes comunicou a decisão de ir para a Yamaha…

O grande problema de Iannone é que a Ducati precisa de um ‘jogador de equipa’ e não de uma estrela – essa será sempre Lorenzo. Dovizioso tem o perfil psicológico e o espírito competitivo ideais para acompanhar o tricampeão do Mundo de MotoGP, já que conhece como poucos as características da Desmosedici, não vai levantar ‘ondas’ quando as coisas correrem menos bem e, sobretudo, vai capitalizar a maioria das oportunidades que o potencial da GP17 gerar.

Ou seja, Dall’Igna e companhia sabem que só Lorenzo lhes poderá dar um título mundial – mas ‘Dovi’ é o homem indicado para acumular pontos e pódios na ‘sombra’, além de continuarem a dispor do trunfo de marketing de um piloto italiano ao serviço da Ducati. Mas permitam-me sonhar: que bom seria se Borgo Panigale tivesse convencido Stoner a regressar em 2017…

Ricardo S. Araújo

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Ricardo S. Araújo
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Dinilson Gourgel
Dinilson Gourgel
8 anos atrás

Caro Ricardo Araujo, eu também já sonhei desta forma e já até obtive uma resposta para o não regresso de Stoner.

para explicar isso regressemos ao momento em que o Stoner ainda era piloto de teste da Honda e Dani Pedrosa retirou-se por algumas corridas para tratar do problema comportamental de sua prestação, sabendo Stoner que a Honda estava em perfeitas condições para lutar por Victorias ele próprio ofereceu-se para o substituir em vez do Hiroshy Ayohama, isso fz-me crer que a vontade de correr ainda existe nele mais o que não quer ele que aconteça é que volte a correr sem bons resultados e isso é bem capaz de acontecer sendo com uma Ducati em suas mãos pois sejamos realistas a Ducati não possui consistência atualmente caso fosse eles ja teriam uma victoria tanto nas mão do Maniaco como nas mãos do Dovi4.

aprender português
aprender português
Reply to  Dinilson Gourgel
8 anos atrás

vitória || victória

vi·tó·ri·a 1
(latim victoria, -ae)
substantivo feminino
1. Acto ou efeito de vencer o inimigo em batalha. = TRIUNFO ≠ DERROTA
2. Representação de um triunfo na guerra.
3. [Figurado] Bom êxito. = SUCESSO ≠ FIASCO, REVÉS
4. [Popular] Libra esterlina.
5. Variedade de maçã.
“vitória”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/vit%C3%B3ria [consultado em 24-05-2016].

Jarno Saarinen
Jarno Saarinen
8 anos atrás

Tudo é permitido em sonhos, até que Jim Morrison volte a reunir os Doors para um novo album e uma tournée mundial.
Stoner pode até ter andamento em testes, mas em termos de competição, está afastado há demasiado tempo. Nenhum piloto nessas condições, arriscaria a sua reputação e carisma numa quimera contra esses espanhóis (de quem não gosto)que se não fosse o “velho” 46, dominariam completamente o campeonato.
Stoner se regressasse ao Mundial, embora mais novo, iria fazer o mesmo que Schumacher fez no seu regresso à F1: arrastar o seu prestigio e palmarés pelas pistas, até sair pela porta pequena.
Creio que não sou só eu, o Stoner, a Ducati e o meu caro “escriba” que sabemos isso, mas também sabemos que Stoner presentemente é pago para andar nas melhores motos do mundo, ajudar a melhorar essas motos, mas também (principalmente?) para vender mais jornais e motos que os pilotos titulares da equipa juntos, mesmo quando Lorenzo já lá estiver.
A prova, é que neste artigo, os dois comentários até agora, são sobre Stoner e não sobre Iannone, Dovisioso ou Lorenzo.

Jack
Jack
8 anos atrás

O Stoner é bom mas foi campeão porque aproveitou duas boas oportunidades, tanto na Ducati(1°ano dos motores 800cc, em que a marca construiu um foguete com rodas), como na Honda(única com caixa seamless do plantel), anos em que estas motas pura e simplesmente não tinham rivais à altura! Preferia ver o Pedrosa na Yamaha e motivado, parece-me um piloto com muito mais fair-play que o Stoner e igualmente bom, não esta é na mota certa!

Gaspar
Gaspar
8 anos atrás

O assunto é Stoner porque todos nós o admiramos e gostariamos de o ver de volta..porque é um piloto fabuloso, muito rápido e ao contrário do que já li aqui, foi campeão por mérito próprio..foi o unico que fazia as ducati andar..até foi campeão e tinha muitos e bons adversários..lembram-se das lutas titanicas com o Rossi? sobre fair-play??pois, tem muito mau perder mas nenhum piloto de ponta, ou outro, gosta de perder..ale disso axo ridiculo, compará-lo ao Pedrosa…sorte grande e aproximação..

albanes
albanes
8 anos atrás

Stoner escolheu a pesca, agora é tarde e tem que se contentar a ser piloto de testes.

Kakashi
Kakashi
8 anos atrás

Já devem estar se perguntando se fizeram a escolha certa entre o Maníaco ou Dovi. Se Iannonne voltar a ter mais uns podiums certamente o pessoal da Ducati vai começar a coçar a cabeça.

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