MotoGP: Quartararo dinamita cronómetro em Jerez, Oliveira em trabalho intensivo
Menos de 24 horas depois do Grande Prémio de Espanha, em Jerez, os pilotos e equipas da classe maior tiveram um dia de testes oficiais no mesmo circuito onde rodaram nos três dias anteriores, naquele que foi o primeiro dia de testes oficiais desde o arranque da época.
Um dia onde Miguel Oliveira cumpriu o importante número de 77 voltas em busca de melhores afinações e ensaiar novo material para a sua KTM RC16, que no último fim de semana esteve longe de ser a moto mais competitiva. Oliveira despediu-se da pista andaluz com o 21º posto e mais importante do que isso melhorou em mais de 0.2s o seu melhor tempo na qualificação do passado sábado. O português rodou hoje em 1m38.649s, num dia onde testou a configuração de escape que é usada pela equipa oficial.
Miguel foi novamente mais veloz do que o seu colega de equipa Hafizh Syahrin, porém ficou um pouco mais longe do que o habitual da primeira KTM oficial que foi a de Johann Zarco em 16º. Mais de meio segundo separaram os dois pilotos.
Quanto ao topo da folha de tempos ficou na posse de Fabio Quartararo, piloto que no passado sábado já havia conquistado a pole position em Jerez. A esse tempo, que era o recorde oficial da volta mais rápida de um protótipo de MotoGP em Jerez, o piloto da Yamaha SRT tirou meio segundo ao rodar em 1m36.379s. Nova demonstração de rapidez por parte de Quartararo e que deixa água na boca para o que aí vem do campeonato.
Seguiu-se Cal Crutchlow, que foi o último homem a rodar no segundo 36 durante a sessão e também ele ‘recordista’, mas a uns distantes 0.418s da frente. Franco Morbidelli foi terceiro e confirmou a boa forma da SRT em Jerez, enquanto Pol Espargaró colocou, de forma surpreendente, uma KTM na quarta posição. Um dia onde as motos oficiais de Mattighofen testaram novidades ao nível do chassis, motor e electrónica. Segundo o chefe de equipa, Mike Leitner, os resultados efectivos destas evoluções só poderão começar a ser mensurados a partir do próximo Grande Prémio, em Le Mans.
Maverick Viñales completou o top cinco e foi o melhor piloto oficial da Yamaha. Tudo isto numa jornada onde a Michelin estreou novos compostos, nomeadamente pneus traseiros. tendo em vista o futuro, a Suzuki utilizou o famoso ‘spoiler traseiro’ na GSX-RR na moto de Álex Rins. Solução que não teve a melhor das estreias, pois partiu-se momentos após a saída para a pista. Felizmente, apesar deste infortúnio, Rins conseguiu evitar a ida ao chão.
Já a Honda através de Marc Márquez rodou com o novo chassis que contém inserções em fibra de carbono. O piloto espanhol, vencedor da corrida da véspera, fez a delícia dos fotógrafos ao rodar durante a jornada com o sempre bonito equipamento da Honda Racing Corporation. Márquez foi o sétimo mais veloz (1m37.260s) e o seu crono foi obtido com o novo quadro.
Discretos durante o dia estiveram a Ducati (sem novidades de relevo para testar), Andrea Dovizioso apenas 10º, e Valentino Rossi que não foi além do 17º posto. Tanto Rossi como Viñales estiveram mais preocupados em testar novo material ao passo que a os pilotos da equipa satélite, Quartararo e Morbidelli, estiveram mais focados na performance até porque as novidades trazidas de Iwata não são disponibilizadas à satélite Yamaha SRT.
De referir que 23 pilotos estiveram em pista, sendo que de fora esteve esteve Andrea Iannone, que já ontem havia ficado fora da quarta corrida do ano. O italiano foi declarado apto a participar no teste, mas as dores sentidas no pé direito, não permitiram ao ‘Maníaco’ realizar qualquer volta lançada. A Aprilia fez as despesas do dia com Aleix Espargaró e Bradley Smith.
Nota ainda para o facto de pilotos como Joan Mir, Jorge Lorenzo, Pol Espargaró e Takaaki Nakagami não terem evitado quedas.
Classificação: