CN Motocross: O que eles disseram sobre Casais de S. Quintino
Fomos ouvir o que têm para dizer alguns dos principais protagonistas da 4ª prova do campeonato nacional de Motocross em. Leia o que disseram ao Motosport.
Paulo Alberto (1º MX1/1º Elite)
“Correu bem. Não sabia se ia estar em condições por causa da lesão que tive na mão esquerda. Era para treinar de moto na quinta feira mas nem isso acabou por acontecer. Senti-me bem mas claro que não consigo ainda ter toda a força na mão. Apesar disso, não tive qualquer dor. Ainda não estou bem fisicamente nem nada que se pareça e quebrei bastante no fim de cada manga. Não é normal eu quebrar tanto o ritmo. Foi muito tempo sem andar de moto e, no dia seguinte, estava todo ‘partido’! Desde o dia 24 de fevereiro que não treinava de moto, apenas fiz uma prova de Arenacross no Brasil e agora esta corrida em Casais de S. Quintino. Antes de começar a manga Elite, não sabia se ia conseguir terminar essa corrida. Tinha os dedos da mão esquerda muito doridos porque a mão já não estava ‘habituada’ a apertar a embraiagem. No entanto, quando arranquei, até me senti bem. Ajudou muito ter arrancado na frente e depois consegui fazer 10 minutos bons mas no final quebrei um pouco. Estava sem força e a pista é muito rápida, é preciso ter algum cuidado. Tentei não cometer erros para não cair e correr o risco de estragar o que já está feito. Esta semana já vou começar a treinar de moto, por isso espero que a próxima seja melhor.”
Diogo Graça (2º MX2/5º Elite)
“Foi uma corrida muito positiva para mim. Estreei a nova moto. Procurámos os melhores settings nas suspensões mas não conseguimos acertar na perfeição e acabei por correr com o amortecedor de origem. Estou contente com a minha prestação. Na primeira manga, tive problemas com o traçado já que nas últimas semanas as provas foram em piso de areia. Tive ‘arm pump’ devido ao terreno duro e às pedras e não arrisquei tudo na primeira manga. Na segunda manga, consegui impor um ritmo forte atrás do Ruben Fernandez que foi uma boa referência, uma vez que ele está em 6º no campeonato europeu de MX2. Terminei a 8 segundos dele, o que foi muito bom. Na Elite, tive um bom arranque, consegui andar na luta entre os 5 primeiros. Acho que foi uma boa corrida. Vamos começar agora a preparar a moto para tentar encontrar os melhores ‘settings’ porque corremos com a moto completamente de origem.”
Sandro Peixe (4º MX1/6º Elite)
“Foi um fim de semana bastante complicado para mim, principalmente por ter sido aqui que me lesionei gravemente num pé no ano passado. Por isso, tive muita dificuldade em estar à vontade. Não estou contente de todo com o meu resultado nesta corrida mas sei que sou capaz de bem melhor e já o provei este ano. No entanto consegui manter a liderança de ambos os campeonatos, o que era o principal objetivo, meu e da minha equipa. Irei continuar a trabalhar rumo aos meus objetivos e também para estar na minha melhor forma nas próximas corridas.”
Luís Outeiro (3º MX2/7º Elite)
“Na primeira manga, arranquei nos 4 primeiros e rapidamente passei para 3º. Andei muito tempo na luta pelo 2º lugar com o Diogo Graça. Consegui ultrapassá-lo mas a duas voltas do fim tive um problema com o amortecedor e acabei em 4º. Na segunda manga, o arranque foi semelhante. Andei na luta com o Renato Silva pelo 3º lugar, consegui essa posição mas fiquei muito longe do 2º. Na Elite, arranquei no meio do pelotão, não me senti muito bem e terminei em 7º. Não estou muito contente com este resultado, sinto que podia ter dado mais. Vamos esperar que a próxima prova corra melhor.”
Renato Silva (4º MX2/8º Elite)
“A corrida foi bastante positiva para mim e ajudou-me muito nas contas do campeonato. Foi a primeira vez que esta prova me correu bem, nunca antes tinha conseguido terminar uma prova aqui! Entrei para os treinos a pensar que não podia assombrar-me com os fantasmas de 2018 porque foi aqui que parti uma mão. Isso deu-me uma certa força para que a prova me corresse tão bem. Consegui um 3º na primeira manga e um 4º lugar na segunda manga. Senti-me competitivo e mais perto dos meus adversários. Vou continuar a trabalhar para que tudo corra melhor.”
Hugo Basaúla (5º MX1/10° Elite)
“Não correu da melhor forma. Tinha como objetivo tentar rodar melhor neste circuito do que em outros anos e não sofrer de ‘arm pump’ em todas as mangas. Isso acabou por não acontecer. O ‘arm pump’ é algo que não consigo controlar. Eu acelerava e não conseguia desacelerar. Por isso, não fazia sentido correr qualquer tipo de risco e colocar em risco os meus colegas só para ficar melhor classificado. É uma prova na qual toda a gente sabe que tenho dificuldades. Fico desapontado porque gosto de ser competitivo e de ter uma boa disputa com os meus colegas da frente. Em Casais de São Quintino, há muitos anos que isso não acontece. O último ano em que estive mais competitivo foi há dois anos, quando caí. Tirando isso, a prova teve um ambiente espetacular no qual eu gosto bastante de estar. Tive lá familiares, a minha namorada, o meu pai. Estive com a minha estrutura completa e isso é sempre um bónus. Embora os resultados ficassem muito aquém do que é normal, consegui desfrutar do dia, do público e dos meus patrocinadores que estiveram presentes. Agora o trabalho vai continuar para o meu objetivo que é o SX Tour. Ainda não sei se estarei em mais alguma corrida de Motocross este ano. Poderei fazer uma prova de Enduro para me divertir. Agradeço a todos os meus patrocinadores.”
(Foto: Luís Duarte/FMP)