Dakar 2025, Ricky Brabec: “Nesta edição eu sou o alvo”

Por Ricardo Ferreira a 21 Dezembro 2024 09:00

Como vencedor do Dakar 2024, Ricky Brabec é a lebre na 47ª edição. No entanto, o americano sente-se pronto para a sua terceira vitória geral com uma Honda CRF450Rally melhorada.

Ricky Brabec é o piloto da Honda de maior sucesso na memória recente. O piloto de 33 anos corre pela equipa de rali de fábrica japonesa desde 2016 e com a sua primeira vitória no Dakar em 2020, garantiu o seu primeiro triunfo no rali mais difícil desde o francês Gilles Lalay em 1989. Este ano Brabec triunfou pela segunda vez. Apenas Cyril Neveu alcançou mais sucessos no Dakar pela Honda, vencendo em 1982, 1986 e 1987.

– “Uma vitória no Dakar ou mesmo apenas um lugar no pódio não é fácil. Algumas pessoas dizem que tive sorte”, diz Brabec. “Mas conseguir uma segunda vitória é ainda mais difícil. Conseguir três vitórias definitivamente não é uma certeza, especialmente depois de vencer em 2024. Tenho um grande alvo nas costas e todos querem vencer-me. Se eu pudesse aproveitar o meu desempenho de 2024 e conseguir três vitórias, isso seria ótimo. Em 2025 quero ganhar o título W2RC e participar em todos os eventos.”

Brabec recuperou em grande parte da grave queda no Rali de Marrocos e está bem de saúde à entrada para a 47ª edição, que começa no dia 3 de janeiro.

“O meu joelho e os meus ligamentos estão a 100 por cento bem. A única desvantagem é que afeta o meu treino, mas há outras coisas que posso fazer fora da moto. Mas tenho a sensação de que é melhor assim. Porque às vezes treinamos tanto que quando chega o Dakar estamos quase esgotados.”

Este ano a Honda desenvolveu uma nova CRF450 Rallye, que está em constante melhoria. O californiano tem um terreno de treino ideal à sua porta.

“A nossa nova moto é super boa, muito confortável e gostosa de pilotar”, concordou Brabec. “Todos me perguntam onde se deve treinar para o Dakar quando só há dunas de areia. Mas não ficamos presos nas dunas o dia todo durante duas semanas. É muito legal irmos das pedras às dunas, aos rios rápidos e vice-versa. Acho ótimo podermos ter essa variedade num dia. E onde moro e treino toda a semana é igual, há uma mistura de tudo.”