MotoGP, Miguel Oliveira: “Vou ter outra maturidade para lidar com momentos difíceis”

Por a 13 Fevereiro 2024 17:00

Miguel Oliveira está completamente focado em retribuir a confiança que a Aprilia depositou nele com bons resultados em 2024. O piloto português falou sobre vários temas, entre os quais a temporada difícil que teve no ano passado, perspetivando ainda aquilo que acha vai encontrar este ano.

“As novas cores trazem muito boas sensações, uma mota com um design muito competitivo, também um pacote técnico muito apelativo com a mota de fábrica para começarmos já os testes de pré-temporada, ansioso para que comece tudo. É uma temporada que estou à espera de colmatar com os bons resultados que eu e a Aprilia esperamos. Temos essa visão de longo prazo, é um investimento que estamos a fazer a partir desta época, temos de trabalhar o futuro a partir do início desta época. Já nos tínhamos conhecido em Lisboa, ele veio-nos conhecer aquando da apresentação da mota, ele veio até Lisboa para fazer um almoço e para nos conhecermos um bocadinho. Uma pessoa excelente, uma empresa com um background de competição muito cheio e isso deixa-nos muito otimistas e confiantes para aquilo que precisaremos de trabalhar no futuro durante este ano. Nós temos todos motas iguais, isso implica que algum material novo que a equipa de fábrica tenha seja primeiro testado por eles. Se houver algum upgrade que seja já testado pela equipa de testes, é lógico que seja dado ao piloto que esteja mais rápido ou a disputar posições mais importantes do campeonato. Nesta primeira fase, as coisas serão um pouco repartidas por toda a gente. Temos muito pouco tempo nos testes para testarmos e fecharmos completamente tudo a nível de pacote técnico para começar a época, mas a Aprilia vai tentar ao máximo distribuir bem os trabalhos por todos os pilotos. Tudo o que possa vir em 2024 que seja mais difícil do que isto, acho que vou ter outra maturidade para lidar com isso. Todas as experiências, boas ou más, vão ajudar, aquilo que eu procuro nesta época de 2024 é ganhar a experiência de, corrida a corrida, estar com os pilotos da frente”, disse, em entrevista à Sport TV, após a apresentação da Trackhouse, ainda antes dos testes de Sepang.

“Já para o final da época de 2023, todos estávamos um bocadinho mais adaptados ao formato, houve muito menos quedas na segunda metade da época do que na primeira, em sprints e corridas principais. Iniciar o campeonato com toda a ansiedade pode ser que haja uma situação ou outra, mas todos estamos mais adaptados ao formato e isso ajudará a que aconteçam menos quedas. Estou a iniciar um novo ciclo de projeto e é algo que me alegra bastante, estar na Aprilia, ver a confiança que a Aprilia deposita em mim e todo o esforço que fez em produzir peças e uma mota de fábrica completamente nova para mim, isso deixa-me muito confiante. Estou focado em retribuir toda essa confiança à Aprilia em resultados. Em relação ao futuro, deixo o futuro em aberto para a KTM, mas também para todos os outros construtores. Já fui abordado por quase todos, eles sabem o meu valor e eu sei que consigo um bom resultado se tiver todo o material à minha disposição, é isso que vou procurar fazer. O resto vou deixar que as coisas aconteçam naturalmente. Por sorte, e também pela minha conduta profissional, sempre deixei nas equipas com as quais trabalhei uma boa relação, não tenho dúvidas que serei um piloto apreciado por qualquer equipa do paddock. É muito aliciante estar numa equipa de fábrica, por todas as razões, a nível de imagem e de estarmos próximos do desenvolvimento e das peças novas que chegam. Este formato que a Aprilia está a criar com a Trackhouse é muito interessante, quero ver como as coisas vão rolar, mas estou muito otimista em relação a este projeto. É deixar que as coisas aconteçam com naturalidade, perceber qual o potencial desta equipa e ver se vou ter melhores condições e melhores armas numa equipa oficial, é isso que vamos ter de descobrir esta época. O meu foco é nos resultados, em poder estar bem fisicamente e ter todo o material à disposição. Os favoritos são todos os pilotos Ducati, qualquer piloto que vá para a Ducati é rápido. Mais constante, menos constante, mas todos eles rodam constantemente no pódio. São logo oito, vai ser complicado. Não posso descartar ninguém, nem mesmo o Pedro Acosta. Não podemos descartar nenhum piloto, estamos todos muito próximos uns dos outros, as motos são muito semelhantes. Em vez de começarmos a olhar para fora e ver quem pode fazer o quê, o objetivo é começar a olhar para mim próprio, para a minha moto e para a minha equipa e tirar o máximo potencial do que posso fazer. O desejo é de muitas vitórias”, referiu.

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Bernardo Figueiredo
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