Dakar: Os 27 portugueses que terminaram o maior Rally Raid do mundo!
O Dakar é a prova raínha do Todo o Terreno mundial. Desde 1979, pilotos de todo o planeta lançam-se no desafio de tentar chegar à meta desta exigente maratona.
Atualmente a disputar-se na Arábia Saudita, não nos podemos esquecer das 30 edições realizadas no continente africano, às quais se somam 10 edições na América do Sul.
Mas, ao longo destes 44 anos, quantos portugueses se podem orgulhar de terem terminado o Rally Dakar numa moto?
O Offroad Moto publica hoje os nomes e os resultados dos 27 lusos que deixaram o seu nome registado nas classificações do mais prestigiado Rally Raid em todo o mundo.
Para fazer honra aos pioneiros, a ordem desta lista é cronológica.
António Lopes
Apesar de não ter chegado à meta, o nome de António Lopes é incontornável. Em 1991, aos comandos de uma Honda Africa Twin, foi o primeiro português a participar no Dakar de moto. Infelizmente, não conseguiu concluir a prova devido a problemas mecânicos quando ocupava a 20ª posição da classificação geral e liderava a classe Maratona.
Pedro Amado
- 28º em 1992
No ano seguinte à estreia de António Lopes, Pedro Amado tentou a sua sorte e conseguiu tornar-se no primeiro português a chegar ao fim do Dakar. O piloto da Yamaha terminou na 9.ª posição na classe Maratona.
Bernardo Villar
- 23º em 1994
- 14º em 1995
- 16º em 1999
- 9º em 2000
- 10º em 2001
- 15º em 2002 (venceu 1 etapa)
Bernardo Villar fez a sua primeira participação em 1994. Foi um dos primeiros pilotos a cativar o interesse e o patrocínio de grandes marcas externas ao mundo do motociclismo como a Actimel. Sempre muito consistente, as 6 vezes que terminou o Dakar foram um record nacional que só foi quebrado em 2013 por Hélder Rodrigues.
Paulo Marques
- 15º em 1995
- 8º em 1997 (venceu 1 etapa)
- 65º em 2000
- 12º em 2001
- 10º em 2002
Paulo Marques estreou-se no Dakar no mesmo ano de Bernardo Villar mas foi em 1995 que concluiu pela primeira vez a prova. O piloto de Vila Nova de Famalicão foi o primeiro português a vencer uma etapa, ao triunfar no penúltimo dia da edição de 1997.
Carlos Ala
- 34º em 1999
- 19º em 2001
- 74º em 2007
Miguel Farrajota
- 14º em 2000
Na sua única participação no Dakar, Miguel Farrajota esteve em bom plano apesar de uma grave queda sofrida na 6ª etapa.
Mário Brás
- 48º em 2000
Elisabete Jacinto
- 49º em 2000
- 56º em 2001
Foi nas motos que começou a história de Elisabete Jacinto no Dakar. Quem não se lembra da KTM com patrocínio da Trifene 200? A piloto concluiu a prova duas vezes consecutivas e ajudou a escrever a história de sucesso das mulheres na mítica prova em África.
Pedro Machado
- 57º em 2001
Rodrigo Amaral
- 17º em 2002
Hélder Rodrigues
- 9º em 2006
- 5º em 2007 (venceu 2 etapas)
- 5º em 2009 (venceu 1 etapa)
- 4º em 2010
- 3º em 2011 (venceu 1 etapa)
- 3º em 2012 (venceu 1 etapa)
- 7º em 2013
- 5º em 2014
- 12º em 2015 (venceu 2 etapas)
- 5º em 2016 (venceu 1 etapa)
- 9º em 2017
Muito poucos pilotos se podem orgulhar de ter um palmarés como o de Helder Rodrigues no Dakar. O piloto de Sintra terminou 11 vezes a prova (um record nacional), 7 das quais dentro do Top 5. É o português com mais vitórias em etapas deste mítico Rally e o único a ter terminado mais do que uma vez no pódio.
Paulo Gonçalves
- 25º em 2006
- 23º em 2007
- 10º em 2009
- 26º em 2012
- 10º em 2013
- 2º em 2015
- 6º em 2017
Paulo Gonçalves foi o único piloto “da frente” a ter participado em moto nos três “capítulos” do Dakar: em África (2006 e 2007), na América do Sul (2009 a 2019) e na Arábia Saudita (2020). Foi durante muitos anos o principal piloto da Honda HRC e o seu melhor resultado foi o 2.º lugar conquistado em 2015 – igualando o feito de Rúben Faria dois anos antes. Infelizmente, o “Speedy” perderia a vida no dia 12 de Janeiro de 2020 quando disputava a 7.ª etapa do Dakar na Arábia Saudita.
Rúben Faria
- 35º em 2006 (venceu 1 etapa)
- Em 2007 venceu 1 etapa mas não terminou
- 11º em 2010 (venceu 1 etapa)
- 8º em 2011
- 12º em 2012
- 2º em 2013
- 6º em 2015
Como muitos outros lusos, Rúben Faria estreou-se no Dakar no ano em que a prova arrancou de Lisboa. O algarvio deu nas vistas em 2006 e 2007 ao vencer uma das etapas realizadas em Portugal em cada uma das edições. Paulatinamente, Faria foi evoluindo nos seus resultados e, em 2013, tornou-se no primeiro piloto português a subir ao degrau intermédio do pódio.
Nuno Mateus
- 32º em 2007
Pedro Bianchi Prata
- 103º em 2007
- 30º em 2009
- 30º em 2010
- 30º em 2011
- 42º em 2012
- 58º em 2013
- 29º em 2014
- 80º em 2016
- 57º em 2017
- 105.º em 2022
Pedro Bianchi Prata é o segundo português que mais vezes terminou o Dakar. O experiente piloto chegou ao fim do mítico a Rally Raid em 9 ocasiões, 4 das quais dentro do lote dos 30 primeiros.
Pedro Oliveira
- 26º em 2011
- 24º em 2014
Rui Oliveira
- 53º em 2011
- 53º em 2017
Fausto Mota
- 54º em 2011
- 49º em 2014
- 43º em 2018
- 29º em 2019
- 31º em 2020
Fausto Mota terminou todas as cinco edições do Dakar em que participou, mostrando uma consistência que o levou a evoluir os seus resultados de ano para ano.
Mário Patrão
- 30º em 2013
- 30º em 2014
- 13º em 2016
- 20º em 2017
- 32º em 2020
- 42º em 2022 (6.º Malle Moto)
- 34º em 2023 (3º Malle Moto)
Mário Patrão fez a sua primeira participação no Dakar em 2013 e, três anos depois, alcançou o seu melhor resultado até hoje, um 13.º posto. Infelizmente, o piloto de Seia viu-se afastado da edição de 2021 devido a uma fractura numa perna a um mês do início da prova mas voltou em 2022 para cumprir um sonho: fazer o Dakar na classe “Original by Motul”, também conhecida por “Malle Moto”, ou seja, os pilotos que participam sem qualquer assistência externa.
Joaquim Rodrigues
- 12º em 2017
- 17º em 2019
- 11º em 2021
- 14.º em 2022
Joaquim Rodrigues teve uma ótima estreia no Dakar em 2017 ao concluir a prova na 12.ª posição. Infelizmente, uma grave lesão sofrida na edição de 2018 levou a um longo processo de recuperação que afetou a sua prestação em 2019. Infelizmente em 2020, o piloto de Barcelos enfrentou o falecimento do seu cunhado Paulo Gonçalves em pleno deserto mas voltou em 2021 para lutar contra os seus traumas e alcançou o melhor resultado da sua carreira.
Gonçalo Reis
- 26º em 2017
Fernando Sousa Jr.
42º em 2017
Miguel Caetano
69º em 2019
António Maio
- 27º em 2020
- 21º em 2022
António Maio estreou-se no Dakar 2019 na América do Sul mas a sorte não esteve do lado do “Capitão”. Forçado a abandonar na 7.ª etapa quando ocupava o 21.º posto, o alentejano voltou em 2020 para terminar a prova na Arábia Saudita no 27.º lugar. Em 2022, o piloto da Yamaha foi de uma consistência digna de registo e concluiu a prova “à porta” do Top 20.
Sebastian Bühler
- 20º em 2019
- 14º em 2021
- 20º em 2023
O luso-germânico é um dos próximos grandes valores dos Rally Raids a nível mundial. 20.º na sua estreia no Dakar em 2019, Sebastian Buhler integrou a equipa oficial da Hero Motosports no ano seguinte e em 2021 logrou um excelente 14.º lugar aos 26 anos de idade. Infelizmente, Bühler falhou a edição de 2022 devido à fractura de um fémur e de um pulso no Abu Dhabi Desert Challenge.
Rui Gonçalves
- 19º em 2021
- 24º em 2022
Depois de 17 anos a competir no campeonato do mundo de Motocross, Rui Gonçalves ingressou nos Rally Raids em 2020. Aos comandos de uma Sherco oficial, o transmontano fez o seu primeiro Dakar em 2021 e concluiu a prova a 19.ª posição e em 3.º entre os “rookies”. RG tem um futuro auspicioso pela sua frente.
Alexandre Azinhais
- 69º em 2022
O algarvio fez a sua estreia no Dakar em 2021 mas na quarta etapa ficou fora da classificação devido a um motor partido e teve de continuar na classe “Dakar Experience”. Em 2022, Alexandre Azinhais “vingou-se” e foi até ao fim da prova, concluindo a mesma na 69.ª posição.
Arcélio Couto
- 80º em 2022
Na sua estreia no Dakar em 2022, Arcélio Couto concretizou o sonho de chegar à meta em Jeddah, conseguindo fazê-lo na 80ª posição da classificação geral e 26º entre os “rookies”.