MotoGP, Miguel Oliveira (18.º): “Saio do Japão um pouco vazio emocionalmente”

Por a 1 Outubro 2023 10:06

Miguel Oliveira confirmou que a sua entrada nas boxes no Grande Prémio do Japão se deveu ao excesso de água que tinha no capacete, que levou a que a sua visibilidade baixasse consideravelmente. O luso não esconde a frustração, perante uma corrida à chuva em que chegou a ter sérias possibilidades de pódio.

“Não conseguia ver absolutamente nada à minha frente, as condições estavam muito complicadas. Já três voltas antes de me retirar, tive alguns sustos, sem saber onde pôr as rodas, a começar a virar muito cedo para as curvas porque não via, sem perceber onde é que podia travar e acelerar, estava a andar completamente cego. Agora é fácil dizer que me retirei meia-volta mais cedo, mas as condições estavam impraticáveis. Foi muito frustrante. Eu entrei, sabemos que 99% das vezes que entramos na box a meio da corrida é para retirar, mas a direção de corrida percebeu, depois da minha retirada, que as condições estavam demasiado perigosas para correr. A equipa rapidamente colocou a mota dentro da box e sabemos que, se quisermos retomar a corrida, a equipa não pode pôr a mota na box. Nessa parte, é algo que a equipa aprendeu, já sabia de antemão pelo regulamento, mas aprendeu nesse sentido. A retomar a corrida, tinha de retomar em último e depois sair do pitlane, que não chegou a acontecer, porque, na volta de alinhamento, as condições estavam muito semelhantes a antes da corrida ser dada como terminada”, disse, em declarações à Sport TV.

“A mota estava a corresponder bem, as condições estavam muito traiçoeiras, sobretudo no início, onde não havia muita chuva, era muito difícil colocar os pneus a trabalhar e a apanhar grip. A primeira chuva é sempre a mais escorregadia, travar para a curva 3 era o mais complicado, mas, quando começou a chover mais, senti-me bem, estava ali atrás do Bezzecchi e percebi onde é que podia apertar mais para poder ultrapassá-lo, mas não chegou a acontecer. Quando comecei a ter problemas de visibilidade, ainda disse para mim mesmo, ‘Miguel, não desistas, continua’, mas tornou-se impraticável para mim, não via absolutamente nada e é triste, foi algo que nunca me aconteceu. Saio do Japão um pouco vazio emocionalmente, mas é o que é. Para já, nem estou a pensar na próxima corrida, só quero voltar para casa, para a família, restabelecer e depois pensar”, referiu.

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Bernardo Figueiredo
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Genesis
Genesis
1 ano atrás

O Miguel tem mesmo que ir à bruxa.
Não sei o que lhe mais lhe falta acontecer.

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