MotoGP, Arranque, quedas e bom ritmo valem excelente quinto lugar a Miguel Oliveira
Miguel Oliveira terminou hoje no quinto lugar o Grande Prémio das Américas de MotoGP. Partindo do 15.º lugar, o português tinha sido oitavo classificado no sprint, mas hoje fez ainda melhor, sobrevivendo a uma corrida com bastantes quedas, arrancando bem e mostrando muito bom ritmo.
Miguel Oliveira começou o dia nos Estados Unidos com um promissor terceiro lugar no warm up, apenas atrás de Francesco Bagnaia e Fabio Quartararo. O português realizou cinco voltas na sessão de dez minutos, com a sua melhor a ser a penúltima, em 2:04.381 minutos, registo que o deixou a 393 milésimos de Bagnaia. O português não tinha ficado totalmente satisfeito com o desempenho da moto ontem, apesar de ter recuperado do 15.º para o oitavo lugar no sprint, mas o warm up deixou sinais mais animadores.
Para a corrida, Oliveira voltava a partir de 15.º e voltou a arrancar bem, passando para o oitavo lugar, aproveitando também as quedas precoces de Álex Márquez, Jorge Martín e Aleix Espargaró. Oliveira seguia atrás de Johann Zarco, ficando algumas voltas preso atrás do francês até ser ultrapassado por Maverick Viñales e descer até à nona posição, que voltou a ser oitava quando Jack Miller, que estava em terceiro, caiu. A queda do líder da corrida, Francesco Bagnaia, fez com que o luso ganhasse mais um lugar, embora continuasse atrás de Zarco, até o ultrapassar a dez voltas do fim, subindo a sexto. O top-5 surgiu quando o piloto da RNF conseguiu ultrapassar o líder do campeonato, Marco Bezzecchi. A reta final foi levada com mais calma por parte da generalidade dos pilotos, com o luso a rodar a pouco mais de um segundo de Maverick Viñales, mas já com uma vantagem segura para Bezzecchi, terminando em quinto uma corrida em que arrancou bem, beneficiou das quedas à sua frente e mostrou bom ritmo.
“Foi diferente, ontem tínhamos umas sensações um pouco estranhas com a mota, algo não estava completamente certo com o pneu traseiro, conseguimos hoje andar oito décimos mais rápido do que ontem e fisicamente senti-me muito melhor. Contente por esta pequena conquista, para nós, sendo a primeira corrida, terminar no top-5 é muito bom, numa pista com condições muito difíceis hoje. O vento um pouco fresco, a temperatura do asfalto alta, o vento a soprar em pontos muito complicados, era muito fácil cair hoje e cometer um erro que acabasse com a corrida, mas consegui trazer estes pontos para a box e estou contente”, disse, em declarações à Sport TV.
“Para nós, foi uma pequena vitória acabar tão perto do Viñales e ter estado a maior parte da corrida muito competitivos deixa-nos com um bom presságio para quando regressarmos à Europa. Sabemos que as próximas pistas são muito favoráveis para a Aprilia, sobretudo com a versão que eu tenho, que é a do ano passado, vamos confiantes, sabendo que há este pequeno fosso para cavar ainda para estarmos competitivos no top-3. É tratar cada corrida de forma isolada, trabalhar nas particularidades de cada circuito, nos meus pontos ainda a melhorar e trazer os pontos possíveis. 200 Grandes Prémios com um quinto lugar numa das pistas que para mim é das piores do calendário, a que menos gosto, não digam isto aos americanos, mas esta pista tem um bocadinho de tudo e não é nada. Mas contente por ter terminado no top-5 e ter estado competitivo durante o fim de semana, aparte da qualificação. Trabalhar em Jerez logo na sexta-feira para estarmos rápidos e facilitar a nossa vida, já que em Jerez recuperar posições não é assim tão fácil”, referiu.