MotoGP, Oliveira recupera de qualificação complicada para somar dois pontos no sprint
Miguel Oliveira teve hoje um dia de altos e baixos no Circuito das Américas, acabando por fazer uma boa corrida sprint depois de uma qualificação difícil, em que foi apenas 15.º. Nas dez voltas ao COTA, o português fez-se valer sobretudo de um bom arranque para terminar em oitavo.
Na sessão de treinos livres que antecedeu as qualificações, Miguel Oliveira foi 12.º classificado, com a sua melhor volta em 2:04.063 minutos. Num total de 12 voltas efetuadas, com duas saídas, Oliveira fez a sua melhor volta na sexta tentativa, ficando a 768 milésimos de Francesco Bagnaia. Seguia-se a qualificação, em que o luso tentaria ocupar um dos dois primeiros lugares da Q1.
Assim não aconteceu. Oliveira chegou a ocupar o segundo lugar da Q1, atrás de Marco Bezzecchi, por momentos, mas depois foi empurrado para o quarto posto por Johann Zarco e Franco Morbidelli. Na última saída, Oliveira melhorou o seu tempo para 2:03.065 minutos, mas viu a última tentativa abortada pela queda do colega de equipa Raúl Fernández quando o Falcão passava por essa zona. O quinto lugar na Q1 ditou o 15.º posto na grelha de partida para as duas corridas do fim de semana.
Chegado à corrida, e partindo de uma posição complicada, a primeira volta de Miguel Oliveira foi bastante boa, chegando rapidamente ao top-10, facilitando a sua tarefa de tentar obter pontos (lembrando que apenas os nove primeiros pontuam no sprint). O luso beneficiou das quedas de Fabio Quartararo e Álex Márquez à sua frente para ganhar um par de posições, e, apesar de não ter conseguido bater as VR46, ficou à frente de Jack Miller e Johann Zarco para terminar em oitavo lugar, amealhando dois pontos para o campeonato. Amanhã, Oliveira volta a sair de 15.º, desta vez para uma corrida mais longa.
“Difícil de avaliar essa situação, a verdade é que não estive muito confortável na corrida sprint, fiz um bom arranque e coloquei-me logo numa boa posição, mas não consegui ter a aderência extra com os pneus novos no início e andei sempre naquele ritmo que conseguia andar. Também vi que, nas últimas quatro ou cinco voltas, o meu ritmo não era mau, mas não me conseguia aproximar dos pilotos à minha frente. Um bocadinho frustrado, mas contente por sair de 15.º e chegar em oitavo”, disse, em declarações à Sport TV.
“A nossa vontade e o objetivo é analisar durante a tarde e tentar pressionar os engenheiros para encontrar uma moto um pouco diferente para amanhã, com esta moto, não sei se tenho muito mais para dar. Um oitavo lugar amanhã significa muitos mais pontos do que hoje, isso é um facto, mas volto a sair de 15.º e pode acontecer tudo. O objetivo é ir recuperando posições com um ritmo mais confortável e mais rápido do que aquele que tive hoje”, referiu.