MotoGP, Jack Miller: “Posso fazer o que quiser, a Ducati já tem um novo piloto”

Jack Miller é o Fator X para o fim do MotoGP 2022. O australiano tem uma vitória e um segundo lugar nas duas últimas corridas, resultados que relançaram as suas esperanças de ser campeão mundial com apenas três corridas pela frente. E o próximo Grande Prémio está marcado a vermelho no seu calendário: Austrália, onde Miller vai colocar todas as cartas na mesa.

Depois de terminar em segundo em Buriram, Miller passou para a quinta posição geral na MotoGP, mas apenas 40 pontos atrás do líder geral Fabio Quartararo. Ou seja, separa-o uma corrida e meia do primeiro quando ainda há três corridas em jogo. Difícil mas não impossível. Especialmente vendo como a Ducati está a ir.

Questionado sobre as suas opções, Miller reconhece que “são poucas”, mas resusa deitar a toalha ao chão: “Posso fazer o que quero, posso dizer o que quero. A Ducati já tem o seu novo piloto, que é o Enea Bastianini“. Parece que em Borgo Panigale não poderão contar, no momento, com Miller para os seus ‘pedidos de marca’.

Será Bastianini quem levará a sua moto na próxima temporada, mas agora a possibilidade de levar o número ‘1’ para a KTM abre-se para Miller, algo que incomodaria muito a Ducati.

“Ninguém ganha quatro corridas por acaso. Uma pode ser, mas não quatro. Em alguns momentos tive sorte, mas não foi desta vez”, explicou um Miller que vai chegar com as baterias carregadas à Austrália. Após dois anos de ausência, a sua corrida caseira finalmente regressa ao campeonato do mundo, e chega na hora certa para ele.

Da última vez que o MotoGP correu na Austrália o ’43’ conseguiu subir ao pódio, embora tenha sido graças à queda de Maverick Viñales na última volta. Era uma Ducati muito diferente da atual, mas com o poder que Borgo Panigale tem agora, Miller é o candidato número 1 a uma vitória que colocaria-o diretamente na luta pelo título.

Miller está um ponto atrás de Bastianini, 20 atrás de Espargaró, 38 atrás de Bagnaia e 40 atrás de Quartararo. Caso conseguisse uma vitória na Austrália… seria ele um verdadeiro candidato ao Campeonato do Mundo de MotoGP?

Ricardo Ferreira

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