Moto3 e Moto2, 2021: A evolução do regulamento

Por a 29 Julho 2021 16:00

Carlos Ezpeleta, filho do CEO da Dorna e Managing Director da organização, tem estado a falar das alterações atualmente efetuadas para agilizar as categorias de Moto3 e Moto2:

“Fizemos uma revisão ao regulamento das Moto3 e das Moto2, revemos as especificações das moto completas de 2020 para 2021 e aproveitamos a oportunidade da mudança para o Motor Triumph para continuar com a revisão das regras de Moto2.”

“As máquinas que iniciaram a época de 2020 vão continuar a ser as mesmas através de 2021. Isto quer dizer o mesmo chassis e o mesmo motor.”

Dani Aldridge, Diretor Técnico da MotoGP, (acima) elabora:

“O desenvolvimento tem de estar congelado até 2023… para 2024, eles poderão o trazer novas motos, mas depois também essas terão o desenvolvimento congelado por um período de tempo a definir, talvez dois anos, talvez três, isso será discutido no primeiro ano, mas o que é certo é que será até 2024 e 2025, com a opção de prolongar para 2026…”

“Durante esse tempo, os fabricantes podem, se tiverem um problema com o desempenho, atualizar uma área apenas, o que nós chamamos uma peça de desempenho, seja um abraço oscilante, o quadro, a aerodinâmica, a carenagem principal ou o motor mas só podem atualizar essa uma parte durante esse período.”

Ezpeleta continua:

“Vai ajudar os fabricantes, mas ao mesmo tempo, contém os custos de desenvolvimento, porque eles poderão usar o mesmo material durante quatro anos incluindo as peças sobresselentes, o que é uma grande vantagem para todos.”

“Nas Moto2 por outro lado, congelámos o desenvolvimento em 2020 e 2021 e para 2022 eles são autorizados a trazer uma modificação para cada área, seja carenagem braço oscilante, quadro, ou outra parte do chassis ou da aerodinâmica.”

“Assim, eles têm que escolher uma atualização do ano passado de cada componente grande de cada área e depois isso será congelado para o resto da época, não poderão fazer alterações. Por exemplo, do chassis e da parte aerodinâmica terão que escolher uma atualização para o ano que vem apenas!”

“Podem, isso sim, trazer de novo para a frente materiais que utilizaram nos últimos três anos, isso podem!”

Quanto ao equilíbrio da Fórmula, Ezpeleta diz:

“Ainda vamos dar algumas concessões menores aos fabricantes que não foram capazes de ser tão competitivos, sendo o critério se chegaram ao pódio ou não, para que eles sejam capazes de desenvolver as motos como no MotoGP, e ser-lhes há permitida uma atualização adicional em cada uma dessas quatro áreas: quadro e braço oscilante juntos, a carenagem principal e a aerodinâmica.

Isto aplica-se a todos os quatro fabricantes.

Aki Ajo, (acima) um dos principais interessados, pois gere equipas de sucesso quer em Moto3 quer em Moto2, comenta:

“É muito importante não criar falsas expectativas para o futuro desenvolvimento e abrir as regras para o futuro…”

“É um apoio para as equipas, e de algum modo também para os campeonatos que toda a gente saiba logo desde o início o que é que virá aí e não tenha surpresas do ponto de vista económico nos próximos dois anos!”

“Clarificar as regras é uma coisa que torna as coisas mais fáceis para todos!”

Abrir o desenvolvimento agora provocaria um aumento de custos e seria mais duro para toda a gente, explica Johan Stigefelt, Manager da Petronas.

“A nossa missão é desenvolver jovens pilotos, isto quer em Moto3, quer em Moto2, e se não houver nenhuma vantagem ganha, quer do lado da Honda, quer do lado da KTM, isso vai tornar as coisas mais fáceis para as equipas para o ano que vem!”

Ezpeleta termina:

“Em Moto2 e Moto3 estamos a falar com os fabricantes para ver o futuro de um modo mais sustentável se possível, e vamos tentar introduzir até 2024 um tipo de combustível mais sustentável!”

“É mais sustentável para todos e mais realista para o futuro” – diz Aldridge –

“Temos que fazer as coisas melhores para o futuro de todos e tomar responsabilidade pela ecologia!”

A nível das equipas, também Aki Ajo concorda:

“Temos que mostrar ao mundo exterior que nos preocupamos e que estamos a fazer alguma coisa acerca do futuro coletivo!”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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Fabiano
Fabiano
3 anos atrás

Os regulamentos das categorias têm proporcionado corridas excelentes, mas não seria o tempo de pensar em subir a cilindrada das Moto 3? Estas parecem estar muito distantes da Moto 2. Gostaria de ver esses pilotos correndo em motos mais potentes, com motores entre 400CC e 500CC.

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