MotoGP, 2021, Assen: Mir diz que o conjunto Suzuki atual não chega

O Campeão do Mundo de MotoGP Joan Mir declarou, após o GP de Assen, que o atual pacote da Suzuki não é suficiente para uma defesa bem sucedida do título

E uma das coisas que ainda falta é o ajustador da altura traseira, que todos os outros rivais já têm.

Depois de terminar em 3º no TT holandês em Assen, Joan Mir falou de um pódio muito importante para ele e para a Suzuki, e de um impulso motivacional para a segunda metade da temporada.

Ao mesmo tempo, confessou: “Este pacote provavelmente não é suficientemente bom para ganhar o título. É por isso que temos de trabalhar arduamente, para melhorar a nossa moto, e eu próprio como piloto,” explicou o Campeão do Mundo do ano passado.

A estrela Suzuki há muito que se queixa de que a GSX-RR, ao contrário dos seus rivais, ainda não tem o “ajustador de altura” – aquele dispositivo de ajuste da altura que ajuda a baixar a traseira da moto durante uma corrida. Este permite carregar a traseira à saída de curvas que levam a retas longas, e portanto dá um incremento útil na velocidade final atingida.

“Precisamos de trabalhar no dispositivo para que o possamos obter o mais rapidamente possível”, instou Mir. “Porque há muitas pistas onde faz uma enorme diferença. Para que possamos começar nas mesmas condições que os outros, é a primeira coisa que temos de fazer. Depois, claro, temos de trabalhar um pouco noutros detalhes da moto, que fazem sempre a diferença”.

O outro ponto a melhorar continua a ser uma única volta rápida largada: o Maiorquino nunca partiu da fila da frente da grelha na classe rainha. Esta temporada, nono na grelha, que corresponde à 3ª fila, é a sua melhor qualificação.

“Provavelmente ainda nos falta um pouco de velocidade – não a velocidade de ponta, mas na volta, especialmente com o pneu fresco”, confirmou o doze-vezes vencedor de GP, que ainda só ganhou uma vez na classe rainha.

“Eu, do meu lado, preciso de compreender com a equipa o que precisamos para sermos mais fortes na qualificação e definir um bom tempo de volta. O ritmo que consigo manter nunca está longe da minha volta de qualificação, apesar de estar no limite e a forçar como um animal. É difícil de compreender, mas vamos encontrar uma solução. É um processo lento”.

Após as férias de Verão, o piloto de 23 anos da Suzuki de fábrica quer fazer uma nova abordagem para defender o seu título. “É por isso que este pódio é tão importante. Não estamos perto do líder, mas também não estamos super distantes. Isso significa que se melhorarmos e ficarmos mais fortes, tudo é possível”, disse Mir, que foi para férias em quarto lugar no Campeonato do Mundo, 55 pontos atrás de Quartararo.

Paulo Araújo

Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal

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