MotoGP, 2021: Jorge Martin, o próximo herói espanhol da Ducati?

Por a 18 Fevereiro 2021 17:00

Conheça melhor o Campeão do Mundo de Moto3 de 2018, uma das estrelas escolhidas para o futuro da fábrica de Bolonha

Martin foi um dos principais candidatos à coroa de Moto2, mas um resultado positivo ao Covid-19 impediu-o de correr em duas rondas

Já falámos de Enea Bastianini (Avintia Esponsorama Racing) e Luca Marini (SKY VR46 Avintia Team) na recente apresentação da Avintia, agora é hora de aprofundar a história de outro estreante de MotoGP da Ducati: Jorge Martin da Pramac Racing. 

A jornada do espanhol no palco mundial começou com a sua estreia na Red Bull Rookies Cup durante a temporada de 2012. Foi uma campanha atormentada por lesões, mas o ano seguinte viu Martin terminar em segundo lugar.

Em 2014, Martin dominou a série, levando a coroa da Taça de Rookies antes da sua primeira temporada em Moto3.

Martin aterrou nas fileiras da Aspar nas temporadas de 2015 e 2016, onde garantiu um pódio com 2º no GP da República Checa. Em 2017, Martin mudou-se para a Gresini para substituir o agora rival do MotoGP Bastianini, e foi uma mudança que trouxe sucesso imediato.

2017 foi quando vimos o ritmo superior de Sábado à tarde de Martin, quando ele registou um total de nove pole positions na temporada de Moto3.

Para acompanhar isso, Martin somou nove pódios, com a tão aguardada vitória no Grande Prémio a caminho da final da temporada em Valência. 

Essa vitória colocou Martin em posição para uma estelar 2018.

Sete vitórias, mais três pódios e um recorde de 11 pole positions foram algumas das estatísticas por trás da irreal temporada de Moto3 do Martinator, e com certeza, uma passagem às Moto2 com a KTM Red Bull Ajo estava nas cartas para 2019.

Como esperado, Martin apontou alto desde o início na classe intermediária. Dois pódios no Japão e na Austrália no seu ano de estreia em Moto2 foram a confirmação da sua velocidade a chegar a 2020.

Numa época afetada pelo Covid-19, o espanhol cimentou seis pódios, dois dos quais na forma de vitórias na Áustria e Valência.

Martin foi um dos principais candidatos à coroa, mas um infeliz resultado positivo ao Covid-19 impediu-o de correr em duas rondas, acabando por lhe custar a oportunidade ao título.

Não importou, pois o talento e a velocidade do Martin eram óbvios. A KTM e a Honda estavam alegadamente interessadas na sua assinatura, mas foi a Ducati e a Pramac Racing que conseguiram os serviços de Martin para 2021 e mais além, com a fábrica de Bolonha a adicionar três estreantes à sua formação.

Tal como acontece com Bastianini e Marini, Martin espera ser ele a reclamar o galardão de Rookie do Ano de MotoGP, um passo certo para se tornar o novo herói espanhol da Ducati.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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