MotoGP, 2021: Enea Bastianini motivado e descontraído

Por a 8 Fevereiro 2021 15:00

 Enea Bastianini é o atual campeão do Mundo de Moto2 e, com esta coroa, é dos novos pilotos aquele que tem maior legitimidade para estar numa MotoGP em 2021

“Para já, quero andar e divertir-me” Enea Bastianini

Recorde-se que a Ducati escolheu colocar o quinto deste último campeonato, Jorge Martin, numa GP21 na Pramac, enquanto as atenções se focam principalmente em torno de Luca Marini, vice-campeão mas, acima de tudo, meio-irmão de Valentino Rossi e primeiro a apresentar as cores VR46 a este nível nesta competição.

Porém ambos são rookies que Bastianini bateu no ano passado. Já na temporada passada, os rookies tiveram um ano em cheio com uma forte vitória de estreia para Brad Binder e dois pódios para Alex Márquez.

Estes bons resultados poderiam colocar pressão nos recém-chegados, mas no seu caso pessoal, Bastianini garante que “não, porque cada piloto é único” recorda o italiano. “Talvez me adapte em mais tempo ou talvez menos, para não me pressiona, muito pelo contrário.”

E acrescentou: “Quero andar, divertir-me e depois esperamos que os resultados cheguem, mas se no primeiro ano não chegarem, vou concentrar-me em perceber o que fazer no segundo.”

Uma serenidade que revela o trabalho feito com o seu empresário Carlo Pernat durante quase três anos. Com precisamente, este prazer e diversão como uma prioridade para se sentir bem na moto, antes de tudo o resto.

Bastianini tem um contrato com a Ducati e terá a seu lado um Marini que chega com o peso dos meios de comunicação e todo o poder político da Academia VR46 por detrás de si.

A sua relação mútua tem sido considerada boa há muito tempo, mas será que esta atmosfera vai resistir às apostas do MotoGP?

Bastianini não considera a sua rivalidade no MotoGP um dado adquirido, pois muitas coisas foram “niveladas” na categoria nos últimos anos: “Ao fim e ao cabo, se tal rivalidade acontece, é porque fazemos a diferença“, disse Bastianini em declarações recentes.

“Mas não é certo que tal rivalidade ocorra sempre. Nos últimos anos, tudo tem sido nivelado, desde motos a equipas e até pilotos. Por isso, espero ser também um protagonista, mas haverá muitos, e agora muito depende dos pneus e da forma como nos relacionamos na equipa”, conclui Bastianini.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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