Moto2, 2020: A história da Speed Up, Parte 1

Por a 26 Dezembro 2020 15:30

O fabricante italiano está presente nas Moto2 desde o início da categoria

Speed Up, o nome de uma marca que tem estado presente no Moto2 desde que as 4 tempos vieram substituiu a classe de 250 em 2010. Conheça a história desta empresa italiana.

O nome atual da categoria intermédia, agora Moto2, tem dez anos. Ao longo deste longo período, apenas um fabricante italiano de chassis esteve presente desde o início desta nova categoria até hoje.

É a Speed Up, uma empresa de Veneto, fundada no mesmo ano que a categoria. A Speed Up tornou-se um dos seus fabricantes históricos, chegando mesmo a atingir o número de oito motos em pista numa das últimas temporadas.

Neste ano de 2020, tivemos quatro, dado o fornecimento à equipa Aspar e a equipa dominou totalmente o CEV de Moto2 com um piloto até aí desconhecido, Yari Montella.

Tudo começou, como dissemos, em 2010. A ideia veio de Luca Boscoscuro, um antigo piloto de Veneto, nascido em 1971, que competiu no campeonato mundial de 250cc entre 1995 e 2001.

Ao todo, competiu em 90 corridas com um 10º lugar no campeonato do mundo como melhor resultado em 1996, quando conquistou a Copa IRTA, o campeonato mundial de equipas privadas (Numa Aprilia com apoio da AGV).

O seu nome é também recordado pelo título europeu conquistado em 1995. Depois de pendurar o capacete, ficou no mundo das corridas, mas dedicando-se a outras atividades.

Em 2002, tornou-se diretor desportivo de Gilera e Derbi, enquanto de 2006 a 2009 foi team manager da Gilera. A sua maior satisfação aconteceu em 2008, quando Marco Simoncelli conquistou o campeonato mundial de 250cc. Depois de deixar esta posição, começou a trabalhar no seu projeto.

Em 2010, a categoria intermédia mudou de nome, e não só. Adeus às 250cc a 2T, bem-vindas em vez disso as 600cc 4T cujo motor era fornecido pela Honda, antes de finalmente se começar a utilizar em 2019 o atual Triumph 3 cilindros de 765 cc.

Muitos fabricantes se lançaram imediatamente para esta nova categoria, antes de, infelizmente, a abandonar gradualmente a seguir. O único que ainda resiste é precisamente a Speed Up (com a dominante Kalex, o único que está presente desde o início).

A estreia aconteceu no primeiro ano da nova classe Moto2: um ano memorável graças a Andrea Iannone, que somou três vitórias, oito pódios, cinco pole positions e seis voltas mais rápidas em corrida, para terminar em terceiro no mundial no final do ano.

E não nos esqueçamos do seu companheiro de equipa, o único vencedor húngaro, Gobor Talmocsi, autor de um terceiro lugar ao lado do seu companheiro de equipa vencedor.

A Speed Up foi a única equipa nesse ano a colocar os seus dois pilotos no pódio na mesma corrida, em Aragón.

Já em 2011, com um chassis FTR M211, não correu tão bem: os pilotos eram Valentin Debise e o jovem e promissor Pol Espargaró, sendo este último o único a chegar ao pódio duas vezes. Também completou uma das voltas mais rápidas em corrida.

Duas temporadas depois da sua estreia no Campeonato do Mundo, Luca Boscoscuro juntou-se a Eros Braconi.

Foi assim que nasceu a Speed Up Factory e, a partir desse momento, até o quadro da moto é fabricado internamente.

Um projeto que depois se tornou totalmente italiano, uma realidade feita de paixão e tecnologia, o primeiro fruto do qual é a Speed Up SF12.

Na equipa oficial, a moto foi confiada a Mike Di Meglio, substituído mais tarde na corrida por Alessandro Andreozzi, mas ambos sem resultados significativos.

Entertanto, na equipa Speed Master, alinhava Andrea Iannone. Este último conquistou duas vitórias e mais três pódios, bem como o terceiro lugar na classificação do campeonato.

Durante o ano, a QMMF Racing Team do Qatar também confiou no fabricante italiano, deixando a Moriwaki no início da temporada e renovando a sua confiança no artesão transalpino para os anos seguintes.

Em 2013, não houve equipa oficial, mas foi o ano de consagração para a equipa, com oito SF13 em pista graças a acordos com a Forward Racing e a AGR.

No entanto, apenas um pódio foi alcançado, um segundo lugar obtido por Simone Corsi na Alemanha.

(continua)

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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