Maverick Viñales: “Fico feliz pelo Miguel Oliveira”

Por a 30 Novembro 2020 14:00

Maverick Viñales elogiou o seu antigo rival do CEV Miguel Oliveira, e a evolução da KTM

“Estava em boa forma, foi excelente e mereceu a vitória!”

O piloto de fábrica da Yamaha quer manter baixas as expectativas para 2021

No final da época em Portugal, Miguel Oliveira garantiu a sua segunda vitória no MotoGP. Dos nove vencedores diferentes na temporada de 2020, apenas Franco Morbidelli e Fabio Quartararo tiveram mais vitórias.

Com essas duas vitórias, o futuro piloto da KTM Red Bull oficial também superou a estrela da Yamaha, Maverick Viñales, que teve apenas uma vitória da temporada, no segundo GP de Misano.

O facto de o português ter beneficiado da vantagem caseira no Autódromo Internacional do Algarve, onde se realizou pela primeira vez uma prova de MotoGP, não foi considerado uma vantagem relevante pelo Espanhol:

“Todos fizemos muitas voltas. Uma hora e meia e outra hora e meia tem que ser suficientes para aprender o traçado”, disse o espanhol de 25 anos.

O Miguel esteve muito bem e forte durante todo o fim de semana. Quando o segui, vi que estava em boa forma, foi excelente e mereceu a vitória. Não acho que tenha sido por ter dado mais voltas em Portimão. Até porque quando estivemos lá em motos de Superbike, todos conduziam nos mesmos tempos por volta. Portanto, ele aí certamente não tinha vantagem.”

Na tabela do Campeonato do Mundo, após o 14º e último Grande Prémio do ano, os dois ficaram separados por apenas sete pontos.

Ambos, aliás, nasceram em 1995 e lutaram pelo título de 125 no CEV em 2010, com um melhor final para Maverick (acima, à direita com Rins do outro lado).

No GP da Catalunha de 2012, estiveram juntos no pódio de Moto3. Enquanto o espanhol se estreou no MotoGP em 2015, depois do título de Moto3 de 2013 e da temporada de Moto2, o português só o seguiu para a classe rainha em 2019. Poderá a velha rivalidade reacender no próximo ano?

“Espero que sim”, disse Viñales. “Estou muito feliz pelo Miguel se ganhar, porque é um velho amigo e certamente um velho rival. Gosto quando mostra o seu potencial, isso é bom. A KTM deu um grande passo em frente este ano. Vamos ver o que podem fazer no próximo ano.

“Agora é a nossa vez de trabalhar”, acrescentou o piloto de fábrica da Yamaha após a “temporada mais difícil da minha carreira”. Para 2021, por isso, “vou manter as minhas expectativas baixas. Mas vou tentar começar bem a temporada.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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